
O governo dos Estados Unidos retirou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sanções da Lei Magnitsky. A medida, confirmada nesta semana, não veio acompanhada de explicações formais por parte da administração norte-americana.
A exclusão ocorre meses após a inclusão do casal, que havia resultado no bloqueio de eventuais bens nos EUA e na proibição de cidadãos americanos realizarem transações envolvendo seus interesses. À época, Washington justificou a sanção citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, então réu por tentativa de golpe de Estado. Em resposta, Moraes classificou a decisão como “ilegal e lamentável”, afirmando que “independência do Judiciário, coragem institucional e defesa à soberania nacional fazem parte do universo republicano dos juízes brasileiros”.
Segundo informações da Globo News, o governo brasileiro já tinha sinais de que a situação seria revista após o último telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump. O tema vinha sendo tratado de forma recorrente em reuniões entre chanceleres e em nível presidencial. A retirada ocorre três meses após a condenação de Bolsonaro, que cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Para o governo brasileiro, o recuo dos EUA encerra um impasse diplomático que se prolongava desde julho.

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