BANCO CENTRAL. FOTO: REPRODUÇÃO

A necessidade de abrir os cofres para efetuar gastos contra os efeitos do novo coronavírus levou o governo federal a registrar o maior rombo mensal em suas contas, numa série iniciada em 1997.

Na esteira das medidas de combate aos efeitos da pandemia, o governo central — que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou déficit primário recorde em abril, de R$ 92,9 bilhões.

O número supera com folga o pior resultado verificado até então, de dezembro de 2015. Naquele mês, o déficit foi de R$ 72,9 bilhões, considerando valores corrigidos pela inflação.

Em abril, a receita líquida caiu 35,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, em razão principalmente do adiamento de impostos e da redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As despesas, por sua vez, cresceram 44,7%.