A sua multiplicidade mineral e a política de governo focada no desenvolvimento socioeconômico colocam a Bahia em uma posição nacional de destaque no setor minerário. Dados da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) apontam que, no período de 2022 a 2026, 14 municípios baianos terão tido contato com robustos projetos voltados à mineroindústria. Investimentos previstos na produção de minério de ferro e no incremento nas áreas de grafita, ouro, cobre, níquel, cromo, magnesita, diamantes, fosfato, titânio e vanádio somam US$ 5,9 bilhões. O estado, que ocupa o terceiro lugar em produção mineral do país, se sobressai pelo seu grande potencial para produzir minerais estratégicos na transição energética, uma demanda global da atualidade para um futuro de economia de baixo carbono.
Vetor de desenvolvimento dos municípios onde está presente, a mineração baiana tem sua força representada, atualmente, por expressivas operações que estão sendo realizadas, a exemplo do projeto de solução logística integrada em implantação no Porto Sul e no trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol 1), que ligará Caetité a Ilhéus, sob o comando da Bahia Mineração (Bamin). Outros investimentos se destacam, como as minas de vanádio, em Maracás; de níquel, em Itagibá; de bentonita, em Vitória da Conquista; de fosfato, em Irecê e Lapão; de ouro, em Santaluz; e de urânio, em Caetité.
O desempenho da atividade minerária no estado – que corresponde a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) baiano – caminha a passos largos. Para se ter uma ideia, somente nos três primeiros meses de 2023, a Bahia registrou aumento de 18% nas receitas originadas do setor, que somaram R$ 2,6 bilhões no período, conforme a SDE. O solo baiano também é destaque na realização de investimentos na área. Entre 2017 e 2021, por exemplo, foi quem mais destinou recursos à pesquisa mineral, de acordo com balanço da Agência Nacional de Mineração (ANM). O total ultrapassou R$ 1,5 bilhão, considerando aportes públicos e privados.
A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC), ainda segundo a SDE, alcançou R$ 10,2 bilhões, em 2022, e no acumulado entre janeiro e julho de 2023 já atingiu R$ 5,5 bilhões. Para a pasta, mais do que números, os dados significam desenvolvimento para os municípios baianos produtores, sobretudo os da região semiárida, onde estão abrigados 10 das 13 principais cidades ligadas ao setor – Jacobina, Itagibá, Jaguarari, Juazeiro, Barrocas, Andorinha, Caetité, Brumado, Santa Luz, Maracás, Paramirim, Sento Sé e Dias D’ávila – e que representam 81,2% de toda a extração mineral do estado. Com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o início da atuação de mineradoras nos municípios baianos tem potencializado o aumento do PIB das cidades, que chegam a crescer mais de 1000%.
*Conteúdo reproduzido do portal A TARDE.
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