Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Ricardo Stuckert

Em entrevista cedida para o Portal UOL nesta quarta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou algumas declarações relacionadas à descriminalização da maconha para uso pessoal, discutida na última terça-feira (25) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dentre outras falas, Lula disse entender o caso como problema de saúde pública.

Sobre a autorização do uso de maconha ou não, o presidente acredita que a decisão “deveria ser da ciência, não é nem do advogado. Cadê a comunidade psiquiátrica nesse país que não se manifesta e não é ouvida?”. Além da indagação, Lula relembra a utilização de “derivado da maconha para fazer remédio, tem gente que toma para dormir, para combater o Parkinson, para combater Alzheimer, ou seja, tem gente que toma para tudo”.

Ainda sobre dar atenção a opiniões médicas sobre o assunto, Lula defende um caminho a ser seguido, para além da questão penal: “Se a ciência já está provando em vários lugares do mundo que é possível, por que fica esta discussão contra ou a favor? Por que não encontra uma coisa saudável, referendada pelos médicos que entendem disso, pela psiquiatria brasileira, mundial, pela Organização Mundial da Saúde, alguma referência mais nobre para dizer o seguinte: ‘É isso’? E a gente obedece. Por que fica esta disputa de vaidade? Isso não ajuda o Brasil”.

Na entrevista, o chefe do executivo nacional também questionou as ações do STF e que uma “rivalidade” poderá ser iniciada com as decisões realizadas pela Suprema Corte. “A Suprema Corte não tem que se meter em tudo, ela tem que pegar tudo o que diz respeito à Constituição e virar senhora da situação, mas não pode pegar qualquer coisa e ficar discutindo. Porque aí começa a criar uma rivalidade que não é boa nem para a democracia, nem para a Suprema Corte, nem no Congresso Nacional”.

Leonardo Sakamoto, Lula e Carla Araújo. Foto: Ricardo Stuckert

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