Eduardo, Arthur e Agda. Foto: Acervo Pessoal.
Eduardo, Arthur e Agda. Foto: Acervo Pessoal.

Na manhã desta terça-feira (21), Dia Mundial da Síndrome de Down, o pequeno Arthur e sua família saíram de casa com os sapatos e meias coloridos e trocados pela campanha mundial “O diferente pode ser divertido“, realizada anualmente nesta data. Para Eduardo Oliva, pai de Arthur, a data é importante para lembrar das pessoas com Síndrome de Down e solidarizar com elas.

“As pessoas com Síndrome de Down precisam ser lembradas porque elas têm dificuldades, mas quando são vistas de forma receptiva e calorosa, elas conseguem interagir e brincar com as outras crianças normalmente. Quando os coleguinhas vão jogar bola com Arthur, sempre falam ‘Tuco é café com leite‘ porque às vezes ele não consegue ter o mesmo desenvolvimento motor para jogar, mas as crianças começam a desenvolver um senso social e de inclusão”, explica Eduardo.

Com apenas seis anos, Arthur realiza diversas atividades sozinho, como comer e tomar banho, e nada em qualquer piscina “como um peixinho”. O pai explica que para todo esse desenvolvimento é preciso de estímulos e direcionamento, mas que, com cuidado, a autonomia pode ser alcançada. Eduardo afirma que as pessoas com Síndrome de Down tem uma felicidade muito fácil e que estão menos contaminadas pela sociedade do “ter” e do “querer”.

“Essas crianças precisam de um suporte específico, acompanhamento com fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicólogos, etc. Mas esses serviços são muito escassos, principalmente no setor público. O Arthur tem esse suporte na rede privada, mas seria muito importante um olhar do governo para que mais pessoas possam usufruir disso”, explica Eduardo.

“Com cerca de dois anos, as crianças [com e sem Síndrome de Down] fazem exatamente as mesmas coisas, a distância de aprendizado aumenta com o tempo. Arthur ainda está no processo de desenvolver completamente a fala, enquanto os coleguinhas estão tentando aprender a ler e escrever. A criança com Síndrome de Down tem o momento dela de executar e aprender, é mais lenta, mas conseguem”, conclui.

Eduardo, Arthur e Agda. Foto: Acervo Pessoal.
Eduardo, Arthur e Agda. Foto: Acervo Pessoal.

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