Mulher no Mercado de Trabalho. Foto: Artem Podrez/Pexels

As mulheres brasileiras receberam salários, em média, 20,9% menores do que os homens em 2024, em mais de 53 mil estabelecimentos pesquisados com 100 ou mais empregados. É o que mostra o levantamento dos ministérios da Mulher e do Trabalho e Emprego, divulgado na última segunda-feira (07), onde foram analisados 19 milhões de empregos, ao todo. Em comparação com 2023, a diferença salarial apresentou leve alta, subindo de 20,7% para 20,9%.

“Na remuneração média, os homens ganham R$ 4.745,53, enquanto as mulheres ganham R$ 3.755,01. Quando se trata de mulheres negras, o salário médio vai para R$ 2.864,39”, informa o 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade Salarial. Em relação às mulheres negras, a média salarial é 52,5% menor que a dos homens não negros. Em 2023, mulheres negras recebiam 49,7% a menos que os homens não negros. Nos cargos de alta gestão, de diretoras e gerentes, a diferença salarial é ainda maior, com mulheres recebendo 26,8% a menos que os homens.

Em meio a subvalorização monetária da mão de obra feminina, o número de mulheres empregadas aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8 milhões em 2024. Além disso, a quantidade de empresas com menos de 10% de mulheres negras contratadas caiu de 21,6 mil para 20,4 mil. “Houve um crescimento na participação das mulheres negras no mercado de trabalho. Eram 3,2 milhões de mulheres negras e passou para 3,8 milhões”, afirmaram os ministérios. Em caso de uma igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função, a estimativa é que R$ 95 bilhões teriam entrado na economia em 2024.

Mulher no Mercado de Trabalho. Foto: Kampus Production/Pexels

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