Com o objetivo de salvaguardar e preservar o acervo doado pelo artista polonês Frans Krajcberg ao Governo do Estado da Bahia, o IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) vem desenvolvendo diversas ações que vão desde catalogação, a serviços de higienização e descupinização das obras.
As atividades começaram logo após o falecimento do doador, em 15 de novembro de 2017, quando iniciou-se a 1ª etapa de inventário e catalogação do acervo. Segundo o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira, o diagnóstico constatou o mau acondicionamento, até aquela data, das obras.
“Apesar da intervenção emergencial de descupinização realizada no local, é visível o risco de infestação de agentes xilófagos, bem como o ambiente úmido das estruturas. Portanto, intensificamos os investimentos nos cuidados para preservação desse bem tão importante para toda Bahia”, disse ele em contato com o Anota Bahia.
Recentemente a produtora Renata Rocha, que intitula-se biógrafa oficial do artista polonês, fez denúncias na imprensa, dizendo que a retirada das obras estava acontecendo de forma ilegal. Sobre isso, João pontua que outra questão envolve o nome da denunciante e o testamento do artista, que hoje encontram-se sob os cuidados da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
“Tem ocorrido denúncias infundadas junto à imprensa e aos Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) sobre o acervo e a propriedade, bem como tentativas de praticar ações de gestão do espólio”, diz João Carlos. “O espólio teve contra si uma Ação de Reconhecimento de União Estável pos mortem, tendo como autora Renata Rocha. No entanto, é importante salientar que, no ato do testamento, o artista plástico declarou que não possuía herdeiros e/ou companheira”, esclarece ele.
“Nesse contexto, interessados têm sido fontes de matérias jornalísticas que relatam denúncias caluniosas no intuito de defender anseios pessoais e escusos, em detrimento do interesse público objeto da Escritura Pública de Doação”, explicou Oliveira.
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