Fernando Haddad, cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou do almoço organizado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), nesta sexta-feira (25). O petista falou sobre a reforma tributária e deu a garantia de que o governo está comprometido com sua aprovação, mas sua posição quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) não foi o suficiente para o grupo.

A fala de Haddad foi considerada genérica, “sem nada de concreto”, e esperava-se que ele abordasse o rombo das contas públicas, que é uma das maiores preocupações atuais do mercado financeiro. Ao Estadão, um banqueiro presente no evento disse que “o mercado está no escuro”, o que se refletiu na queda da Bolsa brasileira, a B3, em 2,09% pouco depois das 15h e na alta do dólar, que também se intensificou depois do discurso de Haddad na Febraban. A equipe de transição quer escolher o ex-prefeito de São Paulo para assumir a Fazenda e o economista Persio Arida para o Planejamento, numa espécie de casadinha.

“[Será necessário] melhorar a qualidade da receita, pela reforma tributária, e melhorar muito a qualidade das despesas. Será preciso repensar vários gastos autorizados e outros represados, como na área de ciência e tecnologia, controle ambiental e cultura”, destacou Haddad, que também citou a necessidade de spreads e o baixo ritmo do crescimento do PIB

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que se espera que o Brasil volte a ter previsibilidade, “estabilidade macroeconômica” e inflação baixa para atrair investimentos.

Fernando Haddad ao lado de André Esteves, do BTG. Foto: Reprodução.

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