Nesta terça-feira (19), o Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, vai receber a cerimônia de premiação da 66ª edição do Prêmio Jabuti, o mais prestigioso da literatura nacional, elegendo o Livro do Ano e os vencedores das 22 categorias. Com exceção da categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, cada vencedor receberá a tradicional estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil. Na disputa pelos títulos, se encontram autores e autoras da Bahia.
Com o livro “Mata Doce”, publicado pela editora Alfaguara e vencedor do Prêmio São Paulo de Leitura, a escritora e professora baiana Luciany Aparecida está concorrendo na categoria Romance Literário. Na obra, a autora narra, com uma prosa lírica, os trágicos acontecimentos que cercam um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia.
Na mesma categoria, o escritor Itamar Vieira Júnior também está entre os finalistas com a obra “Salvar o fogo”, publicado pela Todavia. O livro traz Moisés, órfão de mãe, que vive com o pai e a sua irmã Luzia na Tapera do Paraguaçu, evidenciando que os fantasmas do passado de uma família muitas vezes não se distinguem das sombras do próprio país.
Na categoria Educação, criada neste ano dentro do Eixo Não-Ficção, a escritora e educadora Bárbara Carine concorre com o título “Como ser um educador antirracista”, publicado pela Planeta do Brasil. Idealizadora da primeira escola afro-brasileira, Bárbara traz na obra como professores podem agir diante de um episódio de racismo e como pensar em práticas antirracistas na educação.
Nascida em Pernambuco e criada na Bahia, a escritora e advogada Bethânia Pires Amaro concorre na categoria Conto, com o livro “O Ninho”, publicado pela Record. Nas páginas, a autora mergulha em um intrincado mosaico de imperfeições e doenças familiares, descortinando o véu que idealiza a casa como um lugar de segurança afetiva.
Já na categoria Saúde e Bem-estar, o psicanalista e professor, Marcelo Veras, traz o livro “A morte de si”, da editora Bregantini. Na publicação, o carioca radicado em Salvador, faz um estudo sobre o suicídio a partir de suas três décadas de experiências clínicas e uma leitura de Freud e Lacan, abordando o conflito que inventa nossas existências.
Na categoria Inovação – Fomento à Leitura, a professora Denise Carrascosa traz o projeto “Corpos Indóceis e Mentes Livres”, um curso de extensão criado em 2010 que começou com oficinas de criação literária para mulheres presas. “A tese de doutorado que eu defendi em 2009 foi sobre a literatura que vinha das prisões, que virou o livro Técnicas e políticas de literatura e prisão no Brasil pós-Carandiru”, disse a professora em entrevista ao Grupo A TARDE.
Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Threads, Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify