O dólar fechou em alta nesta terça-feira (7), cotado a R$5,35, e a Bolsa de Valores teve queda de 1,57%, em um dia marcado por tensões políticas e econômicas no Brasil e no exterior. A instabilidade foi provocada pela indefinição em torno da medida provisória que aumenta a tributação sobre investimentos e por um movimento global de aversão ao risco.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$5,351, alta de 0,75% em relação à segunda-feira (6). A moeda chegou a recuar para R$5,32 pela manhã, mas voltou a subir à tarde, encerrando próxima da máxima do dia. É o maior valor desde 25 de setembro.
Na Bolsa de Valores, o índice Ibovespa caiu para 141.356 pontos, menor nível desde 4 de setembro. O indicador acumula dois dias consecutivos de queda.
De acordo com analistas do mercado financeiro, a cautela dos investidores está ligada à incerteza sobre a medida provisória que eleva a tributação de aplicações financeiras. O texto, que precisa ser votado até hoje (8) para não perder validade, é visto como crucial para compensar perdas na arrecadação após o recuo do governo sobre o aumento do IOF.
O mercado financeiro reagiu à incerteza fiscal no Brasil, marcada pela indefinição sobre a medida provisória que aumenta a tributação de investimentos. Segundo analistas, enquanto não houver uma definição sobre o tema, investidores tendem a buscar proteção no dólar. No cenário internacional, o fortalecimento da moeda norte-americana foi impulsionado pela paralisação parcial do governo dos Estados Unidos e pela crise política na França, após o pedido de renúncia do novo primeiro-ministro. Esses fatores elevaram a aversão global ao risco e aumentaram a procura por ativos considerados mais seguros.
No fim da tarde de ontem (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo para votação do texto no Congresso. A expectativa é que a apreciação final ocorra ainda hoje (8). Apesar da alta recente, o dólar acumula queda de 13,43% em 2025. Já em outubro, a moeda tem avanço de 0,51%.
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