Nesta sexta-feira, dia 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Nesta mesma data, em 1969, a comunidade LGBTQIA+ iniciou uma rebelião no bar gay Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos, onde o grupo que sempre sofria repressões policiais e da sociedade resistiu e começou a organizar protestos. O acontecimento marcou a data e incentivou várias ações em prol do movimento e de seus direitos civis e sociais.
Bruno Monteiro, jornalista e secretário de Cultura da Bahia, entende a data como emblemática, sendo um ato simbólico da luta pelos direitos humanos e culturais. “Direitos essenciais e que dão vida e cor à bandeira da diversidade”, define. Além disso, ele enxerga que reafirmar o orgulho neste 28 de junho é também reafirmar a própria dignidade humana e a liberdade de amar e ser amado.
No entanto, apesar dos avanços e conquistas que a comunidade LGBTQIA+ alcançou nessas mais de cinco décadas, fruto da luta incansável dos participantes, o gestor reforça que ainda há muito a fazer. “É longo o caminho que ainda temos a trilhar. Afinal, são muitos de nós que ainda enfrentam preconceitos, sistemáticas discriminações, o ódio, e violências de ordem simbólica, psicológica e física”, ressalta.
Para o secretário, a cultura é um potente vetor de promoção de cidadania e deve ser uma aliada ao movimento como um instrumento de disputa simbólica e de imaginários. Mas também, como um veículo de promover justiça e a integração para o mundo através de políticas públicas de inclusão e de afirmação.
“Ao levantarmos a bandeira LGBTQIAPN+, estamos lembrando ao mundo que, assim como a cultura, ele é diverso e dinâmico: muda no tempo e no espaço. E, portanto, deve acompanhar as demandas e mudanças que nos humaniza, não deixando espaço para qualquer tipo de opressão e preconceito. Orgulhemo-nos! Ou, como diz o poeta: com a cor do veludo, com amor, com tudo de real teor de beleza: Realce!”, declara Bruno Monteiro, enquanto parafraseia o compositor baiano, Gilberto Gil.
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