Mateus Lima. Foto: Renata Marques/Anota Bahia.

Na última sexta-feira (17), aconteceu o segundo dia de debates no II Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, no Wish Hotel da Bahia, em Salvador. Na ocasião, presente na Sala A TARDE, o oceanógrafo Mateus Lima, CEO da i4sea, conversou com o Anota Bahia sobre o impacto das mudanças climáticas no Brasil.

De início, Mateus ressalta que o clima já mudou e que agora deve se pensar no que fazer daqui pra frente para gerir os riscos e diminuir a velocidade das mudanças. “É urgente que a gente tenha uma adaptação climática em todo território brasileiro, independente se é no litoral, centro ou no oeste, a gente precisa trabalhar com a adaptação climática”, alertou. Segundo ele, os negócios e as empresas privadas e públicas tem um papel central na temática, visto que são elas que constroem as obras. Para tanto, o oceanógrafo explica que essas empresas não podem fazer projetos utilizando projeções com dados de 50 anos atrás, já que não vão mostrar com exatidão o que vai acontecer no futuro.

“A mesma coisa pro porto, se quer receber mais navios, vai ter que projetar os avanços de operação, recursos e ativos deles em relação a essa mudança do clima. Algumas empresas já tomaram a frente disso e estão fazendo, principalmente os portos e terminais, que são super impactados, se a gente pensar em um negócio que está preso a uma região e precisa ter uma concessão de 20 ou 30 anos. Empresas de energia, saneamento e engenharia pesada precisam fazer o mesmo”, declarou.

Além disso, Mateus conta que não existe um caminho à adaptação climática sem a participação do estado e das empresas privadas, atuando com um conjunto de políticas públicas e privadas. “O potencial que existe em ter parcerias publicas e privadas para esse tipo de cenário é a única salvação que a gente tem. Não adianta somente fazer uma reciclagem em casa, trocar um carro a combustão por um elétrico se a gente está tendo uma adaptação climática falha, está tendo obras falhas e pensando em cada vez mais ter carros a combustão ao invés de elétricos”, conclui o CEO da i4sea.

“Sala A TARDE” foi pensada para ser um espaço essencial do evento, onde as maiores autoridades dos assuntos abordados poderão trocar ideias e experiências, além de apresentar soluções e cases para um seleto e exclusivo grupo de convidados, entre empresários e políticos. O espaço leva a co-realização e curadoria do Anota Bahia, parceiro do Grupo A TARDE em eventos especiais e contará com uma cobertura intensa em todas as plataformas dos veículos.

Mateus Lima. Foto: Renata Marques/Anota Bahia.

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