Hoteleiros da Bahia e todo o Brasil, em Brasília. Foto: Divulgação

Na última terça (06) e quarta-feira (07), cerca de 30 hoteleiros e membros da ABIH-BA participaram de uma grande mobilização realizada pela hotelaria nacional, em Brasília, que saiu em defesa do setor na Reforma Tributária, que atualmente tramita no Senado Federal, após aprovação do texto-base na Câmara dos Deputados, em julho. O ato foi organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), em conjunto com outras entidades do turismo.

Durante a movimentação, os participantes estiveram em diálogo direto com senadores e assessores parlamentares, a fim de discutir os impactos da reforma no setor de turismo. Na ocasião, representantes da ABIH e hoteleiros presentes fizeram exposição sobre os possíveis impactos ao setor, com perda de competitividade, menor capacidade de geração de empregos e redução do fluxo turístico doméstico, com reflexos negativos em toda a cadeia do turismo e outros setores.

O texto-base prevê a incidência de alíquota estimada em até 28% de IBS e CBS para a hotelaria e outros segmentos do turismo, podendo representar um expressivo aumento de carga tributária em relação ao modelo atual. Isso ocorre em decorrência ao baixo potencial de geração de créditos compensatórios do setor, que é de caráter intensivo em mão de obra, sendo, portanto, mais penalizado no formato não-cumulativo proposto pela reforma.

“Os congressistas baianos, os 39 deputados federais e os nossos três senadores, Otto Alencar, Ângelo Coronel e Jacques Wagner, já demonstraram em oportunidades anteriores, em relação direta com a hotelaria, que entendem esse sentimento e sempre nos apoiaram, como no momento da vitória do PERSE – Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. Portanto, a Bahia caminhará unida e a favor do Turismo e do bem-estar da sociedade como um todo, não tenho dúvidas disso”, afirmou confiante Wilson Spagnol, presidente da ABIH-BA.

Segundo ele, para cada unidade de investimento entre um setor altamente de capital intensivo e o de hotelaria – que é de mão de obra intensiva – se gera cerca de 6 a 7 vezes mais empregos para a sociedade. “Considerando o efeito multiplicador desta renda, que vai para a comunidade local e gera novos empregos, chega até 8 a 9 vezes mais empregos localmente, do que um setor de capital intensivo de grandes corporações, como por exemplo o setor financeiro, consequentemente o setor hoteleiro também aufere menor rentabilidade”, explica Spagnol.

Hoteleiros da Bahia e todo o Brasil, em Brasília. Foto: Divulgação

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