Lula e Sônia Guajajara. Foto: Ricardo Stuckert.

Na última quinta-feira (18), aconteceu uma reunião de reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença e assinou um decreto de demarcação de mais duas terras indígenas: a Aldeia Velha, na Bahia, e a Cacique Fontoura, em Mato Grosso. A cerimônia contou com a presença de dezenas de indígenas e entidades indigenistas.

Segundo o presidente, o ministro Ricardo Lewandowski levou seis terras indígenas para serem assinadas, mas só decidiram assinar duas, por enquanto. “Eu sei que isso frustrou alguns companheiros e algumas companheiras, mas eu fiz isso para não mentir para vocês, porque temos um problema, e é melhor a gente tentar resolver o problema antes de assinar”, comentou.

Lula ainda informou que o problema envolve a ocupação por não indígenas nos territórios. “Temos algumas terras ocupadas por fazendeiros, outras por gente comum, possivelmente tão pobres quanto nós. Tem umas que têm 800 pessoas que não são indígenas ocupando”, ressaltou. Em seguida, disse que tem que ter o cuidado de oferecer a essas pessoas uma possibilidade para que possam entrar tranquilamente na terra.

Vale ressaltar que com as duas novas áreas, o governo Lula totaliza 10 terras indígenas demarcadas desde o início do terceiro mandato. Durante o evento, Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas reforçou a luta histórica. “Em razão dessa diversidade e especificidades culturais dos 305 povos presentes no país, que falam mais de 274 línguas distintas, que nos diferenciam da sociedade nacional, é que os povos lutam por políticas específicas e diferenciadas, que nem de longe podem ser confundidas com privilégios”, declarou.

eunião de reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI). Foto: Ricardo Stuckert.

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