
Nesta quarta-feira (08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai desembarcar em Honduras para participar da 9ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro ocorre no contexto de forte tensão na região em meio ao endurecimento das políticas contra imigração do governo dos Estados Unidos e o tarifaço de Donald Trump. A organização, que está em momento de revitalização, reúne os 33 países latino-americanos e caribenhos. A expectativa do Itamaraty é que a Cúpula realize um debate amplo sobre todos os temas da atualidade.
“A participação do presidente é um claro sinal da prioridade que, aliás, sempre foi dada pelo presidente Lula e pelo Brasil à integração. Na nossa Constituição, no Artigo 4º, consta que o Brasil deve buscar exatamente a Celac: a construção de uma comunidade de nações latino-americanas e caribenhas. O sonho da integração existiu desde Bolívar, desde San Martín [líderes dos processos de independência de países da América do Sul], que se falava essa visão de que juntos temos mais condição de enfrentar os desafios globais e também de nos desenvolvermos e resolvermos nossos problemas internos e regionais”, conta Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Na ocasião, o Brasil deve propor a escolha de uma candidatura feminina para disputar a secretária-geral da ONU, tendo em vista o fim do mandato de António Guterres. Devem participar do encontro ainda a presidente do México, Claudia Sheinbaum, da Colômbia, Gustavo Petro, da Bolívia, Luis Arce, do Uruguai, Yamandú Orsi, de Cuba, Miguel Diáz-Canel, entre outros. O presidente Lula viaja à Tegucigalpa, capital hondurenha, ainda nesta terça-feira (08).

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