Bruno Astuto e Nizan Guanaes. Foto: Reprodução.

O publicitário baiano Nizan Guanaes voltou ao Instagram e criou um perfil para se dedicar a realizar lives durante a semana, recebendo convidados, para falar de diversos temas, e claro, do Coronavírus – Nizan já está curado, mas foi contaminado pelo COVID-19. Nesta segunda-feira (06), a estreia das transmissões contou com a participação do jornalista Bruno Astuto, que segundo Guanaes, é um dos homens mais cultos do país.

No bate-papo, assistido por milhares de pessoas, eles pontuaram sobre o mundo pós-pandemia, relembraram outras epidemias mundiais e indicaram livros para serem lidos neste período de isolamento. “Gosto de aprender história para compreender quais são os caminhos possíveis na humanidade”, disse Bruno, que relembrou, por exemplo, que após a Peste Negra – que foi uma das mais devastadoras pandemias da história humana, entre 1346 e 1353, veio o Renascimento Cultural. Nizan concordou e citou que o período de confinamento pode ser produtivo: “Shakespeare, o escritor inglês, isolado, produziu Macbeth, no passado. Com certeza, há pessoas no mundo produzindo coisas que serão interessantes”, disse.

Voltando para a atualidade, Guanaes analisou que a sociedade de consumo vai sofrer uma grande mudança após a pandemia e pontuou que no Brasil, os investimentos em ciência, tem sido cada vez menores: “Fiz pesquisas sobre isso e constei essa triste fato”, enfatizou. Nizan também recordou que durante seu isolamento, após ser diagnosticado com Coronavírus, ficou separado da sua esposa Donata Meirelles, mesmo estando na mesma casa que ela, e lavou seu próprio banheiro.

Bruno Astuto, disse que muito provavelmente para controlar a pandemia, o governo deverá ter acesso, através da tecnologia, aos dados de saúde dos cidadãos. E alertou: “A política não pode usar do estado de calamidade para abusar do direito das pessoas”. Por fim, Nizan Guanaes indicou três livros que podem ser lidos neste período: Decamerão (Giovanni Boccaccio), Aristotle Way (Edith Hall) e How Much is Enough (Edward e Robert Skidelsky).