MOEMA GRAMACHO. FOTO: REPRODUÇÃO

Em um texto longo (explicações demasiado longas são bem ruins), a atual prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, reafirmou sua posição de rechaçar abrigo digno a profissionais de saúde e segurança que cuidam de todos nós. Não indicou objetivamente qualquer lugar decente para o cuidado daquelas pessoas e insiste em atender interesses subalternos como desculpas para sua indiferença. Hotéis estão sendo usados para isolamento de profissionais das áreas essenciais, com versões brandas da COVID-19, em todo o Mundo. Salvador, nossa capital, tem feito isso em bairros como Barra ou Rio Vermelho, por exemplo. Para a atual prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, Vilas do Atlântico é o único lugar saudável em um Mundo doente. Solidariedade faz bem aos ossos, autoridade.

Confira abaixo a resposta enviada pela assessoria da prefeita de Lauro de Freitas:

Uma nova política é construída com autonomia e respeito às pessoas e às Leis

Talvez inspirada em seu título, a matéria veiculada neste domingo (“O mundo antigo e a velha política”) neste respeitável veículo de comunicação da Bahia, atua no estilo de um mundo antigo, no qual usa a velha tática de difundir uma mentira com vistas a vê-la repetida e ser adotada como verdade.
Adotar a linha de proferir agressões verbais, sem buscar as informações concretas acerca de uma determinada situação pode satisfazer a diversos interesses, certamente, nenhum deles alinhados com o interesse do povo, muito menos com o respeito à verdade dos fatos.
Antes de qualquer coisa vale destacar que a Prefeita Moema Gramacho louva a atitude do Governador Rui Costa em garantir um espaço paro isolamento dos Profissionais de Saúde e de Segurança, valorosos guerreiros que colocam suas vidas em risco pra salvar as nossas e não só quer que eles tenham um espaço o mais adequado possível para cumprir a quarentena, como que seja garantido todo tratamento para que eles se recuperem e fiquem curados. E tem afirmado isso desde o início desse processo. Portanto, não é verdade que a Prefeita tenha humilhado esses, ou quaisquer companheiros, em nenhum momento.
A convivência com a democracia exige comportamento respeitoso com seus pares. Mais ainda com algo denominado “Autonomia” dos entes federados. O fato de ser a Prefeita aliada do Governador e, em conjunto com ele e outras figuras da política estadual, partícipes, inclusive contemporâneos, da construção de um projeto para mudar a BAHIA e o Brasil, não retira a autonomia da Prefeita, ou de quaisquer outros Prefeitos dos 417 municípios da Bahia. A autonomia entre os entes federativos se sobrepõe às relações pessoais e/ou políticas.
Desde a primeira informação de que o Governo intencionava usar o Hotel localizado no município, a Prefeita, ouvindo as manifestações das Associações do Bairro e preocupada também com o confinamento dos referidos profissionais, buscou dialogar com o Estado acerca da questão e propôs outros locais mais adequados, principalmente, para garantir conforto físico e emocional dos profissionais.
Foram sugeridos ao Estado quatro outros espaços com suas qualidades e respectivos orçamentos.
Como não houve retorno da Assessoria do Governador sobre as propostas apresentadas e, ao contrário, a insistência em manter no referido Hotel, ao tomar conhecimento, pela imprensa, que o contrato já havia sido firmado, a Vigilância Sanitária Municipal cumpriu o seu papel, que o faria sejam quais fossem os contratados e contratantes. No caso em tela, o Hotel Malibu e o Estado da Bahia.
A ação da Vigilância Sanitária Municipal se respalda na Lei Estadual 3.982/81 e Lei Municipal- 945/2000, que proíbem o uso de hotéis para fins de isolamento.
A Prefeitura insistiu em buscar atendimento mais respeitoso a esses guerreiros (as) da saúde e segurança e que também desse certeza à população local da ausência de risco de contaminação.
Até então o Hotel não apresentou Alvará de Saúde nem dispõe de Alvará Sanitário válido, conforme exige o Art. 61 da Lei 1020/2003.
Constituem infrações sanitárias: “…instalar ou fazer funcionar em qualquer parte do Município, estabelecimentos para prestar serviço de saúde, sem Alvará Sanitário e de Saúde.”
Vale salientar que os profissionais de saúde e de segurança do Município de Lauro de Freitas poderão optar em ir para o espaço que a Prefeitura está disponibilizando e que também propôs ao Estado. Não conseguimos entender, até então, o motivo da intransigência da assessoria do Estado em não trocar de lugar, pois o que mais precisamos neste momento de PANDEMIA é a diminuição de tensões, busca dos consensos e parcerias para economizar e potencializar as ações.
A luta pelo respeito aos municípios merece que a tão propagada “nova forma de fazer política” em tese instituída no “Mundo novo” de quem pensou e de quem escreveu a matéria, não seja a já tão conhecida política do “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Aliás, esse projeto foi derrotado na Bahia justamente por Jaques Wagner e Rui Costa, com nossa contribuição e de milhares de companheiros.
Esse “novo mundo”, essa “nova política” não nos contempla.
Uma nova forma de fazer política não condiz com “mentiras, ofensas, tentativas de desconstrução de uma história de mais de 40 anos de luta do mesmo lado: dos trabalhadores e da maioria do povo!
Na política velha ou nova:
NÃO VALE TUDO!

Assessoria MOEMA GRAMACHO