A situação das relações pessoais na família Odebrecht é bem delicada hoje em dia. Existe quem esteja do lado de Emílio (quase a totalidade dos familiares) e quem esteja do lado de Marcelo (uma única tia). A briga entre pai e filho começou em 2015, quando a Operação Lava Jato deflagrou a prisão de Marcelo, na época, presidente da empresa e ele resolveu fazer delação premiada.
Agora, sabe-se que uma semana antes de a empresa entrar em recuperação judicial, em junho de 2019, Emílio Odebrecht doou quase R$ 92 milhões para três de seus quatro filhos, deixando de fora Marcelo Odebrecht. De acordo com a jornalista Bela Megale, do O Globo, a parte que seria dele foi para um genro do patriarca.
Essa partilha, apontada na justiça, é vista por Marcelo, que vive em São Paulo, em prisão domiciliar, como um plano do pai para não lhe dar independência financeira.
“Ele tem dado a entender que eu seria o grande responsável por iniciar os processos contra ele em função de disputas familiares. Isto não é verdade. A Odebrecht tomou a decisão institucional de iniciar medidas judiciais e arbitrais para reaver valores que a empresa entende terem sido ilegalmente pagos a ele”, disse Emílio em nota.