MS/ Divulgação

O Ministério da Saúde firmou um acordo com a biofarmacêutica chinesa Gan & Lee Pharmaceuticals para a produção nacional da insulina glargina, medicamento de ação prolongada usado no tratamento do diabetes tipo 1 e 2. A parceria, assinada nesta semana (15) pelo ministro Alexandre Padilha, envolve também Bio-Manguinhos (Fiocruz) e a Biomm, com previsão inicial de produzir 20 milhões de frascos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em um primeiro momento, o envase e a rotulagem serão realizados no Brasil, sob supervisão da Biomm, com o insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da Gan & Lee. Posteriormente, a produção integral será feita no país, no Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) da Fiocruz, localizado em Eusébio (CE).

O ministro Alexandre Padilha afirmou que o acordo representa um avanço conjunto entre Brasil e China. “Há um empenho dos dois governos para que essa parceria gere conhecimento e garanta mais medicamentos ao povo brasileiro”, declarou.

Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa deve fortalecer a cadeia nacional de insumos estratégicos, impactando setores de logística, química e biotecnologia, além de gerar economia para o SUS com a redução de custos de importação e transporte.

A vice-presidente da Fiocruz, Priscila Ferraz, destacou que a cooperação também abre portas para o desenvolvimento de novas tecnologias. “A insulina glargina já é utilizada na China há mais de 20 anos, e essa cooperação amplia possibilidades de desenvolvimento tecnológico e de estudos clínicos”, afirmou.

O governo informou ainda que o medicamento é comercializado em mais de 30 países e que a produção local deve impulsionar pesquisas voltadas ao tratamento de cânceres, obesidade e doenças autoimunes, além do diabetes.

Para o diretor da Gan & Lee, Wei Chen, o acordo marca “um novo patamar de cooperação tecnológica” entre os dois países. “Acreditamos que este projeto será um modelo de colaboração internacional, capaz de incentivar novas alianças entre empresas chinesas e brasileiras”, disse.

Entre as possibilidades futuras está o desenvolvimento de medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, usado no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, que imita a ação natural do organismo na regulação do apetite, glicose e saciedade.

Gan & Lee. Foto: Reprodução/Linkedin

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