O empresário Carlos Wizard compareceu na manhã desta quarta-feira (30) ao Senado Federal para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito, mas, após breve discurso de abertura, decidiu se valer do direito ao silêncio, concedido em Habeas Corpus pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e assegura na Constituição Federal. Apesar de optar por não responder aos questionamentos dos senadores, o depoente permanece na sessão para ouvir as indagações feitas.
A decisão causou, em geral, surpresa aos senadores; tanto para os da oposição e independentes, que constituem o bloco chamado G7, quanto aos governistas. Mesmo sendo um direito garantido pela Carta Magna, e assegurado pelo ministro Barroso a Carlos Wizard, o fato do depoente preferir se calar diante os questionamentos foi visto por analistas políticos como uma manobra arriscada, uma vez que a sessão é televisionada ao público e passa-se assim a impressão de uma tentativa de camuflagem dos fatos. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz, disse que a mesa irá recorrer à decisão do ministro Barroso, tendo em vista os vídeos e relatos apresentados pela CPI.