Tereza Paim, Tiago Maracajá e André Gagliano. Foto: Reprodução.

Para conter o novo aumento do número de casos de Covid-19 na capital baiana, a Prefeitura de Salvador adotou novas medidas de combate à pandemia. Devido aos constantes episódios de aglomeração em Itapuã e Rio Vermelho, bares e restaurantes destes bairros deverão estar fechados de sexta-feira a domingo, a partir das 17h. Penalizados, mais uma vez, tendo em vista que anteriormente ficaram meses com seus negócios de portas fechadas, os empresários que têm empreendimentos nessas localidades lamentaram a atitude da gestão municipal.

Tereza Paim, que comanda o Restaurante Casa de Tereza, diz que trata-se de uma injustiça e defende um toque de recolher: “Respeitamos todos os protocolos de ambiente e alimento seguro. Os clientes do comércio formal, não são as pessoas que estão na rua se aglomerando, sem respeito. Geramos empregos, estamos no limite, fazendo um esforço hercúleo para reerguer dignamente nossos empreendimentos. Somos favoráveis a um toque de recolher às 23hs, com fiscalização rigorosa. Assim seguiremos reerguendo nossa economia e mantendo empregos e empresas”, disse à coluna.

Tiago Maracajá, que recentemente abriu a casa de espetáculos The Comedy House, também considerada a ação equivocada: “É lamentável. É chato o prefeito dizer que isso impacta simbolicamente economicamente, pois impacta muito. E não vai influenciar em impedir que a população vá para esses bairros. As pessoas levam suas bebidas e se instalam nesses lugares públicos. A única diferença é que os bares e restaurantes estarão fechados. A prefeitura devia fiscalizar a população e não penalizar os empreendimentos”, defende.

Já o empresário André Gagliano, sócio do Grupo San Sebastian, esclarece que as aglomerações não são feitas por clientes de bares e restaurantes e defende uma flexibilização no horário de funcionamento: “Essas pessoas que aglomeram, jã vão para as ruas com a intenção de ficar em pé, nas praças, com os ambulantes. Acho, inclusive, que a flexibilização dos horários, como está acontecendo em outros lugares, ajudaria muito mais o controle. Quando as mesas são recolhidas, as pessoas se levantam juntas e começam a interagir. Além de que, não é propício para o empresariado passar por isso, em um mês que há 13º salário e uma série de impostos a serem pagos”, pontua.