Ministro Paulo Guedes. Foto: Marcos Corrêa.

Desde que chegou à Câmara, a proposta do governo para a reforma tributária já passou por alguns ajustes. O relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), anunciou nesta quarta-feira (28) que as empresas cadastradas no Simples Nacional permanecerão isentas de tributos na distribuição de dividendos, isto é, na divisão do lucro aos seus acionistas.

A novidade foi defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Importante lembrar que será preciso ter uma aquisição de imposto por outra via. De acordo com Guedes, a arrecadação seria destinada ao “super ricos”. “Há 25 anos, os cidadãos mais ricos do Brasil não pagavam o imposto de renda sobre lucros e dividendos, então nós justamente colocamos esse imposto; nós estamos dizendo: os super ricos vão pagar esses impostos e nós vamos justamente aliviar 32 milhões de assalariados contribuintes que pagavam e estão pagando menos. Os super ricos pagam mais”, disse o ministro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou a decisão em uma de suas redes sociais e mencionou que partiu dele a proposta de isenção das empresas do Simples Nacional. “As empresas do Simples Nacional são um dos pilares da nossa economia e da geração de empregos. Sensível a essa importância e após receber inúmeras demandas da sociedade, eu sugeri ao relator Celso Sabino para que essas empresas permanecessem isentas na taxação de dividendos. O relator me informou que foram acatadas as sugestões. Dessa forma, todas as empresas do simples nacional continuarão a não pagar tributos em cima de lucro e dividendos”, escreveu Arthur Lira.