Alok. Foto: Ernando Prado.

Dizer que o Carnaval de Salvador promete ser marcante em 2023 não é mais uma novidade, aliás, esta coluna tem mostrado isso de forma incessante. E além de pontuar que os números devem bater vários recordes, vale registrar que a folia será mais democrática do que nunca. Praticamente todas as estrelas da música brasileira – e não somente do axé-music – estarão na capital baiana, ao menos um dia, levando seus sucessos para um público sedento por alegria e descontração. De Anitta a Ludmilla, de Xamã a Pabllo Vittar, de Simone Mendes a Baby do Brasil, de Emicida a Wesley Safadão. A lista segue e promete agradar todas as gerações. Esse é um propósito da festa que cada vez mais parece ser reforçado. E tendo esse traço de diversidade como ponto de partida, o Anota Bahia bateu um papo com Alok, o DJ brasileiro mais famoso do mundo, que também vai marcar presença na festa e promete arrebatar uma multidão na Pipoca do Alok, atrás do seu trio elétrico (no dia 18, no circuito Barra/Ondina), que é gratuito, assim como levar ao delírio seus fãs que estarão em dois grandes camarotes (dias 17 e 18).

E para abrir o nosso bate-papo, a pergunta não poderia ser outra:  o que motiva um artista de música eletrônica a se apresentar em cima de um caminhão no Carnaval de Salvador? E sem titubear, ele responde: “Eu vim da música eletrônica e ela sempre me acompanha, é o meu guia, mas transito por outros gêneros musicais sem medo ou preconceito. Eu sempre afirmo que sou um espírito livre, não fico preso ou me rotulo. Artisticamente me sinto ilimitado, tenho músicas de Mick Jagger à Roberto Carlos, então estar em um trio elétrico em Salvador significa para mim uma combinação de fatores: a oportunidade de tocar para uma multidão de pessoas de diversas idades, origens sociais e gostos, mas com o mesmo propósito de se divertir de forma consciente e respeitosa; estar em um trio elétrico é uma experiência única e fazer isso em Salvador torna tudo ainda mais mágico e singular”, disse o artista. Ele também detalha sobre como serão as apresentações: “Antes de fazer a Pipoca do Alok na Barra-Ondina, faço show no Camarote Salvador (17) e após o trio, no Camarote Villa (18). São dinâmicas diferentes, o meu set no camarote é, por motivos óbvios, menor e elaborado para funcionar em um espaço fechado com um determinado número de pessoas. Na avenida, à céu aberto, eu começo e não tenho hora para terminar, e, tem o desafio de animar uma imensidão de pessoas. Em todas as apresentações eu entrego o meu melhor, estou 100% naquele momento porque eles são únicos, não se repetem. Seja nos camarotes, nos trios ou festivais, o meu compromisso com o público é o mesmo: levar uma experiência positiva e memorável”, enfatiza ele.

Alok discorre ainda mais sobre a diferença entre tocar em um trio e um camarote: “Tem a questão do camarote ser um espaço fixo, enquanto o trio está em movimento. O camarote é mais fácil de ter controle da festa, no trio a gente precisa lidar com milhares de pessoas, o som externo da cidade, sem falar das condições climáticas, são imprevistos que fazem parte do show também. Acredito que são experiências diferentes”, conclui. E para quem não sabe, o DJ tem uma forte ligação com a Bahia – e não somente com o Carnaval: “Minha esposa (Romana Novais) é baiana, nos conhecemos na Bahia, os meus pais têm uma festa, Universo Paralello, no litoral baiano, então eu tenho muitas memórias criadas na Bahia. Em especial, o Carnaval de Salvador tem raízes na cultura e na história da cidade. Se apresentar ali, em cima de um trio, é uma forma de se conectar com essa cultura e celebrar a tradição”, conta ele, que também conta sobre as expectativas de um Carnaval após o período de pandemia: “A expectativa está gigante. Estive em Salvador no final do ano passado e pude ter um tira gosto do que será o Carnaval, e acredito que será histórico. Voltar às ruas, celebrar o que temos de mais importante: a vida! Libertar o nosso melhor, a nossa melhor versão, os nossos melhores sentimentos são os condutores do meu trio. Eu sei que vai ser emocionante. Iniciaremos no final da tarde do dia 18 e seguiremos até a noite. Presenciar o sol se pôr e levar música e alegria para os foliões será mágico”, vibra ele.

Por fim, o DJ deixa sua mensagem para o folião que busca aproveitar o melhor da música eletrônica nesta que é a maior festa popular do planeta: “Quero convidar a todos para estar na Pipoca do Alok sábado, dia 18. Terá música eletrônica e outros ritmos também, tudo misturado, assim como o nosso trio, democrático e aberto a todos. É só chegar e curtir! Venha viver esse momento único comigo! Eu tenho hora para começar, mas não tenho para terminar!”, finaliza.

Alok. Foto: Gil Inoue.