Alok. Foto: Divulgação.
Alok. Foto: Divulgação.

Neste primeiro semestre do ano, Alok, o icônico DJ brasileiro, vai expandir o seu projeto especial, Alok Infinite Experience (AIE) pelo Brasil e também pelo mundo. Com assinatura e curadoria feitas por ele, a festa tem como proposta levar o público em uma viagem imersiva de três horas de música, com um projeto cenográfico com LED, luzes e efeitos especiais que vão criar atmosferas diferentes para cada parte do show, que oscila entre momentos mais acelerados e outros de introspecção. Casado com uma baiana, a médica Romana Novais, o DJ escolheu a cidade de Salvador para iniciar a temporada de 2023 desse projeto, que na sua primeira edição, que ocorreu no final de 2022, em São Paulo, teve os 6 mil ingressos disponíveis esgotados. O Anota Bahia conversou com Alok para saber todos os detalhes do seu grande retorno à capital baiana, que acontecerá no dia 13 de maio, no Centro de Convenções.

Sem rodeios, o DJ fez questão de exaltar seu carinho pelas terras baianas, e explicou porque para ele faz todo o sentido que essa nova etapa de sua carreira tenha o seu ponto de partida aqui. “Acho que é uma questão muito emocional. Eu amo demais a Bahia, sou casado com uma baiana, meu pai mora na Bahia, tenho um sentimento muito especial por esse estado. E eu acho que a gente começando na Bahia, vai trazer uma energia muito boa para o projeto. A primeira cidade é muito importante, e começar aí é quase como se fosse uma coisa energética”, conta ele. Outro ponto ressaltado por ele, foi a importância de expandir esse projeto para outras capitais brasileiras, afirmando que era algo que faltava em sua carreira aqui no país, e ainda antecipou que essa experiência será totalmente diferente das outras, garantindo que até mesmo quem já frequentou vários shows será surpreendido. “Já tinha conseguido fazer algumas entregas um pouco mais complexas lá fora, por conta do acesso às tecnologias. E era algo que realmente faltava por aqui. Em Salvador, por exemplo, as pessoas já foram em vários shows meus, só que essa é uma entrega totalmente diferente. Quem já foi em 10 shows vai ser totalmente surpreendido em Alok Infinite Experience. Antes eu nunca consegui fazer um show 100% autoral no Brasil, porque sempre tive que me adaptar às estruturas dos eventos. Então agora estou tendo essa oportunidade de entregar algo novo”, explica.

Durante a conversa, Alok também compartilhou que, ao produzir esse evento, a questão do lucro é uma das suas menores preocupações, pois enxerga o AIE como parte de um investimento na sua própria carreira. “A última coisa que eu me preocupo é se eu vou lucrar ou não, a questão vai muito além disso, sabe? É um projeto que, para mim, faz parte de um investimento de carreira”, revela. Quanto à curadoria do evento, ele faz mistério “vou decidir ainda”, em relação aos artistas que se reunirão com ele na festa. “Estou muito focado em como vai ser a nossa entrega de 3 horas de show. Inclusive, essa [de Salvador] já vai ser diferente da de São Paulo, vai ser ainda mais inovadora, tivemos mais tempo para produzir. Mas em relação aos artistas, ainda não posso citar nomes”.

E como vai funcionar a oscilação entre as diferentes atmosferas durante o show? Alok discorreu um pouco sobre as dinâmicas que serão implementadas para fazer com que o show conecte vários sentidos do público. “São três horas de show, então a gente precisou criar uma dinâmica na qual realmente tenha os momentos mais introspectivos e os momentos mais agitados, para não ficar só agitado do início ao fim. O público da Bahia aguentaria, mas aí é diferenciado”, brinca. “Acredito que o show tem que ser muito sensorial, no sentido da música, do visual. É uma viagem que a gente faz, onde vamos desde um lugar mais futurista, até um lugar bem ancestral, voltando às nossas origens, então tem uma narrativa que a gente cria, no show, que é muito conectado com o lance do visual com a música. A música pega metade do seu cérebro, e o visual a outra metade”, afirma. Ele ainda conta que a tecnologia sempre foi uma grande aliada em sua carreira, e por ser DJ, aprendeu a contar com ferramentas inovadoras para entregar algo que sempre surpreenda o seu público. “Eu não sei cantar, não tenho banda, nem coreografia, então tenho que abusar mais da tecnologia para conseguir fazer essa entrega. E nesse projeto, temos um diretor criativo que faz os principais eventos lá fora, como o show de The Weeknd, Coachella. Então, a gente tem buscado o que há de mais inovador, e é interessante como isso se atualiza rápido, de dezembro para maio, agora, já tem um monte de atualização”, disse.

O Alok Infinite Experience traz muita expectativa devido aos nomes em potencial que o DJ vai reunir ao seu lado no palco, entre parcerias recentes, contemplando nomes nacionais e internacionais. No entanto, ele explicou que gostaria que o evento também servisse como uma plataforma para artistas locais, criando uma oportunidade. “É claro que vou fazer uma curadoria incrível, que tem tudo a ver com o evento, mas eu quero também, em todas as edições, trazer alguém local. Estou até pensando em abrir uma enquete no Instagram, para pedir algumas sugestões ao pessoal”, finaliza o artista.

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Alok. Foto: Gabriel Gardins.