Ela já comandou lojas de moda, viaja o mundo buscando especializações no segmento, fala muito bem, cuida da sua imagem e nela tudo tem um significado e um porquê. Nada é aleatório. Anna Libório hoje é um retrato fiel da importância e grandeza que a mulher busca ter no mercado de trabalho, de empreendedorismo, com empoderamento, e claro, afetividade. Por isso, fomos compreender um pouco da sua história e conversamos sobre esses assuntos tão presentes nessa sua rotina. “Descobri que amava o varejo aos 8 anos de idade. Quando não entendia tecnicamente sobre isso, mas gostava de gente e de vendas. Usava minha mesada, comprava chicletes, comercializava e dobrava o valor que recebia para comprar bonecas”, conta ela, mostrando que já era boa de negócios desde criança. “O empoderamento feminino é algo de muita representatividade. E que hoje está muito fortalecido. Acredito que vale a pena, com uma dose de equilíbrio, sem formato de agressividade, mas nos posicionando no mercado de forma respeitosa e admirável. E contempladas e aceitas pela família –  o que é importante na vida de uma mulher que tem esse legado de marido e filhos”, diz. 

Durante a pandemia, Anna não se resignou e lançou um site que leva seu nome e que traz todo seu conteúdo de palestras, treinamentos e etc: “Tive momentos muito felizes em casa, por conta de ter enxergado valores e afetos, que eu não via no dia a dia, nas pessoas ao meu redor. Esse bem estar me trouxe ideias fenomenais, como construir um site, que já era um desejo meu. Com isso, pensei em compartilhar nosso conteúdo com outras pessoas, então temos a possibilidade de sugerir empresas e serviços, com nossa avaliação e curadoria, além de toda informação de moda, com as palestras que faço pela Bahia e pelo país. Contemplamos empreendedores da melhor forma, com o objetivo de multiplicar”, conta. E afinal, o que é esse personal branding, que tanto se fala atualmente? “É uma ferramenta que potencializa a imagem e a autoconfiança de um profissional liberal. Uma prática muito usada em outros países. No Brasil estamos tomando fôlego, mas já acompanho a evolução de diversas pessoas que estiveram conosco. Fico feliz, devemos ser sol um na vida do outro e juntos formarmos uma onda de sucesso coletivo”.

Perguntamos sobre o posicionamento da Bahia no segmento de moda e varejo e Anna reforça a importância do consumo local: “Acho que devemos ser mais bairristas, ter um olhar mais carinhoso às indústrias da Bahia e contemplar nossas lojas. Fico triste quando vejo uma pessoa dizendo que comprou determinado produto em outros estados, quando a mesma marca está no nosso estado. Precisamos entender que devemos gerar negócios, impostos e empregos dentro da nossa cidade. Quando deixamos de empreender em casa, estamos levando negócios para outro lugar, estamos deixando de empregar. Contemplem sua cidade, mais do que nunca. Não é status consumir fora, isso é prejuízo”, pontua. Ela também conta que cursos, pesquisas e estudos fazem parte da sua rotina diária, no Brasil e fora dele: “Estudar é rotina na vida de quem quer trilhar o sucesso. Eu faço isso em todo o mundo, e minha ideia é compartilhar. Por isso, busquei o SEBRAE, somos parceiros felizes, e com eles, levo esse conteúdo por toda a Bahia. Foram inúmeras as viagens e visitas, continuaremos fazendo isso de forma digital”.

Perguntamos também sobre a tendência dos leilões digitais que ela tem liderado: “É um novo caminho do varejo. É quando a loja física fortalece a digital, e vice versa. A Arezzo, por exemplo, fez isso, com a atriz Mônica Martelli. A alegria vende. O sucesso do leilão é diante do encontro de amigas, que se encontram, dialogam e dividem experiências na internet”, fala. Por fim, perguntamos sobre o que buscam as empresas que buscam sua experiência e filosofia, e ela revela: “Elas têm em mente algo objetivo, prático e de baixo custo para atuar no seu negócio. Esse é o meu formato de trabalho. Não gosto de blablabla, gosto de apontar ações instantâneas. O trabalho contempla em o próprio lojista, por exemplo, viver seu negócio, compreendendo de merchandising,  de análise de coloração, de engajamento e afetividade na equipe. É um trabalho que permite autonomia ao empreendedor, com confiança e técnica”, finaliza.