O Carnaval de Bell Marques promete ser intenso em 2020. O cantor que na capital baiana comanda os blocos Vumbora e Camaleão e um trio sem cordas, no circuito Barra/Ondina, também estará presente nos camarotes Salvador e Nana, e, fazendo shows em outras cidades, como Barreiras (BA) e Recife (PE). Com 67 anos de idade e uma agenda que engloba apresentações em todos os seis dias da folia, Bell, em uma conversa exclusiva com o Anota Bahia, mostra que tem fôlego de sobra e que leva tudo muito a sério.

Você, mais uma, vez, fará shows em outras cidades além de Salvador. Como funciona a logística dessas viagens e quais as diferenças e semelhanças entre tocar em Salvador, no Carnaval, e em outros lugares.

A logística é muito bem pensada, realmente. Minha equipe já fecha os shows com as possibilidades de transporte e horários organizadas para evitar problemas. Levo muito a sério meu trabalho, que é a diversão dos meus fãs. Não posso correr o risco de desapontá-los. Salvador tem uma energia diferente no Carnaval, sem dúvidas, e é minha casa, mas, de maneira geral, seja em Barreiras, em Recife, no Rio ou São Paulo, temos uma energia especial nesse período. As pessoas, realmente, vão às ruas e shows mais leves e dispostas a curtir.

Este ano você desfila novamente em trio sem cordas no carnaval de Salvador. Como você se sente sobre isso e quais as diferenças?

Eu amo tocar pra pipoca, seja num trio sem cordas ou até mesmo no comando do Vumbora ou do Camaleão. A pipoca sempre teve uma importância gigantesca na minha história, inclusive, foi um dos motivos da minha saída do circuito do Campo Grande, que não conseguia mais receber a quantidade de gente sem me deixar preocupado com a segurança dos foliões. Eu adoro a energia da pipoca, não ter as cordas me deixa um pouco mais livre também e a energia é especial

 

O Camaleão fará 41 anos em 2020. Quais as novidades para esse próximo carnaval e o que você espera para os três dias deste bloco, que é o maior da história da Bahia?

O Camaleão é um super case de sucesso do Carnaval de Salvador, passou por todos os momentos da festa e fico muito feliz de ter minha história misturada com a do bloco.

 

Serão seis dias de folia sem parar, sem contar as viagens. O que você faz para se preparar para essa maratona e qual seu sentimento sobre essa ‘correria’?

A preparação não muda tanto em relação à do ano todo, já que a agenda de viagens é constante e acontece de ter 4 shows num fim de semana em locais completamente diferentes. Então, vou me preparando normalmente, digamos assim. No Carnaval em si, em função da pressão e dos dias a mais, sem contar os shows de Porto Seguro e do Rio, por exemplo, depois da Quarta-feira de Cinzas, eu tento me resguardar, falar menos, me concentrar mais.