Cacá Magalhães. Foto: DIvulgação.

A cantora e compositora soteropolitana Cacá Magalhães, que ficou conhecida pela imprensa como “pequena diva baiana do jazz”, lançou, na última quinta-feira (30), o single “Só Sinto”, que encabeça o seu álbum de estúdio a ser apresentado pela Sony Music, ainda neste semestre. Com apenas 16 anos, ela revela o ecletismo presente na geração Z unindo elementos do Rock, Pop e Trap em faixas que provam sua força como compositora e intérprete. “Só Sinto” ainda foi lançado com um clipe oficial que reflete os sentimentos da artista. Construindo uma colagem de imagens e recortes que, juntos, compõem algo belo e pulsante, assim como a mente de Cacá Magalhães, o clipe tem direção de Jana Leite e Marcelo Brito Filho.

Em entrevista ao Anota Bahia, Cacá Magalhães falou sobre as principais inspirações para o single e como esse trabalho revela uma nova fase da sua vida, de amadurecimento. “Todo mundo me conhece como a menina que canta blues e jazz, mas como agora eu tenho 16 anos, ‘Só Sinto’, mostra um amadurecimento, uma nova Cacá, principalmente por ser o primeiro single. Eu trouxe um lado de rock, e também outros estilos diferentes. Quando eu estava compondo com minha irmã, nas madrugadas, uma grande inspiração foi Los Hermanos. E aí ‘Só Sinto’ expressa muito essa explosão de sentimentos, uma sensação de liberdade, de você seguir seu caminho, sem olhar para trás”, contou.

Quando perguntada sobre como é compor juntamente com sua irmã, Maju Magalhães, Cacá explicou que a atividade foi algo que elas descobriram no período da pandemia, em noites que chegaram a render 40 músicas. “É muito massa nossa relação, essa parceria entre nós duas. A gente descobriu essa coisa de compor juntas na pandemia. Lembro que um dia estava no meu quarto, tocando acordes, e Maju estava no quarto dela, escrevendo uma letra. E foi exatamente assim que a gente também fez “Poeira de Estrelas”, ela pegou a letra, eu peguei a musicalidade, e a gente fez esse choque. Quando a gente começou, a gente não parou, sabe? Todas as madrugadas a gente fazia música, trinta, quarenta, em português e inglês”, disse.

Cacá Magalhães. Foto: Divulgação.

Apesar de manter o blues como forte referência musical, a jovem cantora afirma que, para seu primeiro álbum, a ideia foi criar algo equilibrado, como se tivesse o lado A e o lado B, cada parte transmitindo algo diferente como o denso e o alegre. “A gente brinca que tem o lado A e o lado B, do álbum. O lado A é mais animado, e o lado B é mais denso. No início, inclusive, eu sempre ia pro lado dos acordes menores, mais denso, deprê, do blues. Aí o pessoal começou a brincar ‘pô, Cacá, música triste’, aí eu comecei a ir para o lado do pop rock e a compor música animada. E aí a gente conseguiu equilibrar mais o álbum, tem música triste, alegre, mas todas possuem o meu estilo”, revelou.

Quanto a diferença de cantar músicas autorais, comparado a covers de outros artistas, Cacá enfatiza que é bem diferente. “Tem muita diferença, eu percebi isso no meu primeiro show de pré-lançamento que fiz em Salvador, minha cidade, onde cantei todas as músicas do álbum. E foi muito legal, senti uma parada, um sentimento absurdo, de você estar cantando sua música e a galera começa a cantar junto, só pensei ‘caramba mano, todo mundo cantando minha música”, analisou.

“E é isso que eu quero: alcançar ainda mais gente com minha música. Transmitir meu sentimento para as pessoas sentirem junto comigo e cada um se identificar de sua forma. Quero passar essa mensagem da importância de você sentir. Tem uma música que fala muito sobre mim, chamada “Sozinha”, e expressa muito como eu gosto de estar sozinha, num momento que me traz paz, e essa vibe conecta muito com a geração, sacou, a galera gosta de ficar sozinha, é importante também”, finalizou a artista.