
A dermatologista baiana Camila Meccia recebeu recentemente um grupo seleto de pacientes e formadoras de opinião para um encontro sobre terapias regenerativas, em Salvador. Em um ambiente intimista e sofisticado, mulheres que se destacam pela naturalidade e pela beleza sem exageros – marca registrada do trabalho da médica – participaram de um evento que uniu ciência, bem-estar e experiências sensoriais.
Na ocasião, em entrevista ao Anota Bahia, Camila Meccia explicou que a dermatologia está entrando na era da regeneração, superando o conceito tradicional de apenas renovação. Segundo a médica, um tratamento é considerado regenerativo quando restaura a função celular, devolvendo à pele sua capacidade original e promovendo melhorias tanto na saúde quanto na estética.
“Pode parecer paradoxal, mas esses tratamentos são capazes de melhorar desde manchas escuras do melasma até vitiligo, passando por peles oleosas e acneicas até peles secas e craqueladas. Isso porque não é um tratamento clareador, nem antiacne, nem firmador isoladamente. Ao resgatar a função das células, elas equilibram diversas condições e doenças”, afirma a especialista.
Entre os principais recursos utilizados nas terapias regenerativas, Camila destaca procedimentos como Exossomos, PDRN (polidesoxirribonucleotídeo do salmão), PRP (plasma rico em plaquetas), Profhilo e Microenxerto, que atuam diretamente na reparação e bioestimulação celular.
“Cada um desses tratamentos tem um papel específico na regeneração da pele, mas todos compartilham o mesmo objetivo: restaurar a vitalidade celular de forma natural e duradoura”, explica. A médica ressalta ainda que muitos desses protocolos também são aplicados no tratamento capilar, com excelentes resultados na recuperação da força e da densidade dos fios.
De acordo com Camila, a regeneração funciona porque cada célula da pele retoma sua atividade natural. Os melanócitos, por exemplo, voltam a produzir pigmento de forma mais estável; as glândulas sebáceas se regulam; e os fibroblastos retomam sua capacidade de produzir colágeno, promovendo firmeza e elasticidade. “A regeneração não trata apenas sintomas — ela corrige o funcionamento da célula e, com isso, equilibra saúde e estética”, destaca.
A médica compara essas terapias a uma verdadeira evolução no cuidado com a pele. “As terapias regenerativas são o sonho dourado da beleza com naturalidade. Não é apenas um tratamento estético: é restaurar o relógio biológico da pele e proporcionar resultados duradouros de forma natural”, afirma Camila.
Ela reforça que qualquer tratamento dermatológico deve ser complementado por cuidados internos, como alimentação equilibrada, hidratação adequada e hábitos saudáveis. “A beleza vem de dentro. Procuro manter a individualidade de cada rosto no meu trabalho, agregando tratamentos de ponta para um bom envelhecer”, finaliza.
Para Camila, a regeneração representa uma mudança de paradigma na dermatologia – um passo além da renovação superficial, voltado para restaurar a função celular e equilibrar saúde, estética e bem-estar de forma integrada.
