O desafio de realizar uma mostra de arquitetura, decoração e paisagismo em meio à uma pandemia é enorme, por isso, conversamos com Carlos Amorim, empresário franqueador da CASACOR na Bahia, que revirou suas ideias, contatos e planos e apresentou para Salvador, uma versão inovadora – e encantadora – do projeto Janelas CASACOR. Discorremos sobre a ideia inicial, o modelo de vitrines e a premiação para os arquitetos. “O começo da pandemia nos trouxe perplexidade. Todos fomos paralisados, trancados dentro de casa. Não sabíamos do que se tratava, mas sabíamos que era mortal. Neste período, dentre da estrutura da CASACOR, me posicionei contra a possibilidade de fazer mostra física, já que não havia segurança sanitária. Com o tempo, o pensamento evoluiu, mas também não queríamos ficar presos somente ao mundo virtual. O nosso projeto já é intangível, já traz sonhos. E as pessoas quando pensam em construir, reformar, buscam uma relação física”, contou Amorim.
“O arquiteto Darlan Firmato, que é gestor de sustentabilidade da CASACOR, concebeu esse modelo sustentável, com vitrines. Em Salvador, entregamos o masterplan para o arquiteto Wesley Lemos fazer e criamos um circuito incluindo lugares como o Farol da Barra, o Centro de Convenções, o Corredor da Vitória, o Salvador Shopping e o Aeroporto de Salvador”, disse. Sobre a recepção do projeto, a relação com as marcas e apoiadores, Carlos disse que o mercado como um todo esperava por algo novo: “Criamos e buscamos novos espaços para visibilidade e relacionamento com grandes marcas. Saímos na frente, fizemos o primeiro evento em um período de pandemia. O mercado estava na expectativa de algo com as quais empresas pudessem se relacionar. O mercado imobiliário experimenta isso, se adequa ao conceito da mostra, onde é possível misturar o físico com o digital, que oferece uma tour completa por trabalhos e possibilidades. Há uma expectativa de retomada e vigor”, conclui.
Falando de novidades e futuro, ele revela que há uma ideia de levar o Janelas CASACOR para outras cidades da Bahia e que com certeza a mostra original será influenciada pelo digital: “A CASACOR nunca mais será a mesma”, diz. Por fim, Carlos conta que a mostra este ano terá uma premiação: “Voltamos a instituir prêmios. Pedimos a Bel Borba, nosso grande artista plástico, intelectual, para desenhar o troféu. Teremos o melhor ambiente pelo júri técnico e o melhor ambiente pelo voto popular, com plataformas de votação pela TV Band e pelo A Tarde. Será o Troféu Pandora, assinado pela ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia), uma homenagem a Sizininha Simões, pioneira no segmento de decoração na Bahia, criadora do contêiner como vitrine. Além disso, o mito grego de Pandora é além das maldades do mundo. E quando ela libera as mazelas do mundo na sua caixa, ao fechar, ela guarda a esperança. Esse o é sentimento que nos move hoje”, finaliza Amorim.