Filho de mãe dinamarquesa e de pai brasileiro, Christian Cravo foi criado em um ambiente artístico na cidade de Salvador, na Bahia, e hoje vive em São Paulo. Ao longo dos últimos vinte anos, ele conseguiu ver seu trabalho com fotografia reconhecido, não apenas no Brasil, mas também internacionalmente, por meio de exposições no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Throckmorton Fine Art em Nova Iorque, na Billedhusets Galeri em Copenhague, no Ministério da Cultura em Brasília, Instituto Tomie Ohtake e Museu Afro Brasil, ambos em São Paulo e em exposições coletivas como na Witkin Gallery em Nova Iorque, na S.F. Camera Works Gallery na Califórnia, na bienal Fotofest em Houston e no Palais de Tokyo em Paris.

Filho de um fotógrafo e neto de um escultor. A vida tinha que o levar para o caminho da arte. De acordo? “Não necessariamente, mas o contato com o universo artístico favorece as possibilidades e o entendimento sobre como de fato é a vida de um artista. Suas responsabilidades e compromissos. Caribé já dizia que a vida do artista é acordar cedo, se alimentar bem e trabalhar todos os dias. É um equívoco atrelar a arte a boemia”, diz Christian. “A Bahia é a grande fonte de inspiração e energia! Por isso estou sempre aqui. Adoro a simplicidade que encontro e acho fundamental para minha cabeça, para minhas filhas. Sem falar que sou viciado em acarajé! Aliás, digo que comida baiana é a melhor do mundo! A Dinamarca é o berço que me acolheu e me deu disciplina, que talvez não tivesse tido crescendo nos trópicos. E São Paulo é a cidade do trabalho”, declara ele, sobre suas referências.

Perguntamos se ele se define, inquieto, calmo ou sereno. Aos risos diz: “Não sou calmo, nem sereno. Sou muito inquieto!  Leonino. Competitivo e dinâmico. Meus momentos de paz são com a minha família. Adriana Cravo, minha mulher, é muito calma e é quem me equilibra. Ela contribui intelectualmente para o desenvolvimento dos meus projetos, planeja, guia e transforma em palavras o que em mim é energia criativa. Mas reconheço que sou muito exigente. Para um clique que me satisfaça, as vezes faço 5 mil imagens. Sem exagero…”, finaliza.