Redação
Com uma agenda intensa, que inclui apresentações nos blocos Blow Out (sexta-feira) e Largadinho (domingo e terça-feira), no Camarote Brahma (sábado) e com trios sem cordas nos circuitos Barra/Ondina e Campo Grande (quinta e segunda-feira), Claudia Leitte promete reforçar a importância do real, do encontro e de viver o presente, neste Carnaval. E o tema da sua folia de 2023 será o ‘REALVERSO’, que também norteia seu novo projeto, o EP ‘REALVERSO – Lado A’, já disponível nas plataformas de streaming. O álbum visa valorizar a essência do axé, suas origens na música, o início de tudo e traz parcerias especiais com Saulo, Mari Fernandez e Ivete Sangalo. Em conversa com o Anota Bahia, em uma coletiva de imprensa, realizada esta semana, a cantora, que celebrou em 2022 seus 20 anos de carreira, falou sobre suas expectativas para a festa, seus propósitos na música e sobre seus figurinos.
“Nesse Carnaval, mais do que nunca, quero trazer a minha essência, meu axé, minha Bahia, minha voz, música e ver cada pessoa no circuito sorrindo, pulando e cantando. Esse é o meu REALVERSO, eu sou cantora de palco, de público, de rua”, disse. Sobre o tema escolhido, a cantora explica: “O REALVERSO é uma possibilidade de se abrir para novas oportunidades, vivendo de fato um momento, o presente, aproveitando cada segundo deste momento. Tem isso de levar para a avenida, nos meus figurinos, a força de cada sentido. Não estamos nos opondo ao METAVERSO, tudo é energia, mas estamos enfatizando que no mundo real podemos trabalhar todos os nossos sentidos. Cada dia eu vou exaltar cinco sentidos e vou falar da intuição, que todos temos, que é essa conexão da cabeça e do coração, às vezes equilíbrio, e, às vezes não”, pontuou.
Claudia também discorreu sobre esse Carnaval que chega após um hiato de dois anos: “Tenho necessidade de colocar tudo pra fora, viemos de um período de ostracismo, tem muita coisa em mim represada. Inclusive tenho que ter autocontrole para não gastar tudo no primeiro dia. Faz parte do REALVERSO manifestar essas fantasias. No último ano eu trouxe uma homenagem à força feminina, acredito que isso agora é a materialização daquilo que estava guardado nesses últimos anos sem Carnaval, mas que estava em mim na vida inteira. Tinha que acontecer agora. É espontâneo e óbvio apesar de supreedente”, enfatizou. E nesse contexto, ela analisou sobre seu ofício: “Canto pra ver gente feliz, para promover encontro, para ver olho no olho. Tem gente que se casa no Carnaval, que se conheceu no Carnaval, que fica amigo para sempre, por causa do Carnaval. Canto para celebrar o encontro das pessoas. Eu brinco o Carnaval todo, me preparo para ter aquele momento feliz e intenso. Sempre foi um prazer e tenho a certeza absoluta de que eu canto porque aquilo é vida para mim. Eu não canto para ganhar coisas, para ser algo. Eu canto porque eu vivo aquilo”.
Claudia também discorreu sobre seus alicerces nessas duas décadas de carreira: “A vida imita a arte, a gente busca estratégias para estar no topo da parada e é tudo natural. Temos que fazer música. Tenho uma conexão com meus fãs que é intocável, e penso, só preciso cantar e o resto vai ser acrescentado. Não podemos parar e as adversidades vêm para todo mundo. Sempre vivi na velocidade da luz, mas eu gosto disso, gosto dessa movimentação. Tudo é do ponto de vista. Se eu disser que está fácil, é mentira. Se eu falar que está ruim, é mentira também. Hoje estou trabalhando muito, tenho a felicidade de ter a família que me ajuda, um marido (Márcio Pedreira) espetacular, uma rede de apoio importante e disciplina. Sou muito feliz em cima do trio elétrico, tenho foco e me preparo antes. O melhor que eu puder fazer, eu vou fazer”, disse.
Ela também comentou sobre a expectativa para a chegada da folia: “Estou esperando por esse momento mais do que vocês. Há uma expectativa grande no artista, mas vejo meus fãs como as estrelas da festa, por isso, preparo coisas para surpreender. Sempre soube que eu precisava do trio elétrico e sempre soube que amo ver as pessoas felizes, dançando e cantando, mas quando chegamos nos 40 anos ficamos mais responsáveis. Então essa é minha missão de vida, está além da minha vocação de cantora, eu nasci para ver o outro feliz, me satisfaço na alegria do outro”. A artista completou falando sobre seus propósitos na música: “Esse é meu REALVERSO, eu não canto pelo aplauso, nem pela fama, nem pelo dinheiro, nem pelo status, nem pelos números de quem vai gostar ou não de mim. Isso me fez ter discernimento real quanto ao que dizem de bom ou de ruim. Aquilo faz parte da minha rotina, mas não muda minha missão. Isso me torna uma pessoa livre no palco, talvez esse seja o retorno às minhas origens, algo que sempre esteve aqui e que precisa continuar”. Por fim, ela revelou detalhes sobre seus figurinos, que serão assinados pelo estilista Israel Valentim, com stylist de Satomi Maeda: “Ele faz eu me sentir feminina, bonita e tem preocupação com o conforto, com a segurança de usar algo que, por exemplo, não vai rasgar e ela me ajudou a pirar nisso, foi fundamental no conceito do REALVERSO”, revelou.
