A saúde da Bahia conta com uma instituição quase centenária, originada da luta contra a tuberculose, que é a Fundação José Silveira. A gestora que cuida de projetos estratégicos da instituição, Leila Brito, conta que, dos investimentos iniciais em pesquisa e assistência social para combater o maior flagelo da década de 30, consolidou-se um legado de cuidado com a saúde em sua integralidade e qualidade de vida, sobretudo da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Leila destaca os atendimentos predominantemente pelo SUS e custeados com recursos próprios, possibilitando acesso a serviços especializados nas áreas de obstetrícia, neonatologia, reabilitação neuropsicomotora, assistência multidisciplinar a pessoas com Transtorno do Espectro Autista, oftalmologia e oncologia, entre outras. “São 86 anos, mantendo a capacidade de adaptação e expansão”, destaca a gestora, que em uma entrevista exclusiva ao Grupo A TARDE, fala das conquistas e desafios nessa importante missão da Fundação José Silveira.
Quais as diretrizes institucionais para se manter atuante socialmente?
Ter um planejamento estratégico bem definido, minuciosamente direcionado à perpetuidade da instituição para seguir fazendo entregas de valor à sociedade. Atuar em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como saúde e bem-estar e redução das desigualdades, assegurando um padrão de atendimento que prima pela qualidade e segurança. Garantir a sustentabilidade e exercer boas práticas de governança, por meio das políticas e protocolos institucionais, pautados na ética, transparência e integridade.
Que papel a instituição desempenha na dinâmica de inovação em saúde?
O de entender a necessidade de apurar o olhar sobre o cotidiano, levantando hipóteses frente a diferentes cenários e fazendo perguntas relevantes para identificar e resolver problemas do coletivo. Diante de novos desafios, exercer a capacidade de adaptação, vislumbrando novas perspectivas e refazendo a rota quando necessário. Promover a diversidade e estimular a criatividade, por meio do intercâmbio de saberes entre gerações. Engajar e impulsionar jovens como força motriz do processo de mudança de mindset e cultura organizacional.
Como buscar o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e sustentável no contexto corporativo?
Fomentando a mudança de mindset para promover transformação cultural e gerar inovação; estimulando o engajamento do time de profissionais com o propósito e os objetivos da instituição, por meio do desenvolvimento de habilidades e competências; treinando o olhar das equipes para os desafios que se apresentam na sociedade, a fim de que proponham soluções criativas, com maior agilidade e eficiência na execução; cuidando do clima organizacional e oportunizando o protagonismo dos colaboradores.
De que maneira a Bahia tem sido impactada com esse trabalho?
A consistência na atuação vem da continuidade do legado do Professor José Silveira, que se dedicou a cuidar dos que mais precisavam, investindo em conhecimento científico e assistência social. A atenção voltada à saúde integral do paciente engloba um conjunto de práticas assistenciais, pensadas de forma sistêmica e com atuação multidisciplinar de profissionais que priorizam resultados de excelência com impactos diretos na saúde e na qualidade de vida dos pacientes. Por meio de ações de saúde complementares e implantação de projetos, a instituição transforma a vida das pessoas.
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