Márcio Moutinho. Foto: Divulgação.
Márcio Moutinho. Foto: Divulgação.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a previsão é que até 2030 o Brasil terá mais idosos do que crianças entre zero e 14 anos. Diante desse cenário, percebe-se que assuntos como procedimentos estéticos e o gerenciamento do envelhecimento aparecem frequentemente como pautas em evidência. Afim de discutir as nuances desse universo da saúde e estética, o Anota Bahia conversou com o especialista em Harmonização Facial, Márcio Moutinho, que comanda o instituto que leva seu próprio nome, no Caminho das Ávores, em Salvador. O profissional destaca a importância de uma rotina saudável como suporte no processo de gerenciar o envelhecimento. “Nossa pele reflete nossa rotina. Alimentação ruim, queimaduras solares, tabagismo, noites mal dormidas, falta de exercícios físicos aceleram o processo de envelhecimento. A ideia não é parar de envelhecer, isso é impossível! Mas, devemos gerenciar a passagem do tempo. Cultivar hábitos saudáveis e realizar procedimentos que rejuvenesçam a pele é a melhor combinação”, explica ele. 

Quanto ao processo de 7 quedas da face, Márcio conta que elas ocorrem naturalmente com o passar dos anos, fazendo com que ocorra uma diminuição do volume facial, diante da diminuição da produção de ácido hialurônico e colágeno, além da perda dos coxins de gordura da face. “A primeira delas é a queda do complexo frontal, a testa, onde as sobrancelhas caem abaixo do rebordo orbitário, apresentando o chamado olho triste. A segunda se manifesta pela queda do complexo da pálpebra superior sobre os cílios, fazendo com que a pele fique em cima dos olhos. A queda do complexo da pálpebra inferior, classificada como a terceira, promove o aparecimento das olheiras e do sulco nasojugal, caracterizado pela linha do cansaço. E o famoso “bigode chinês”? Classificado como a quarta queda, ocorre pela queda da bochecha formando o sulco nasogeniano”, afirma. “E as famosas marionetes? Já ouviram falar? Elas surgem a partir da quinta queda, pela queda do canto da boca, deixando o sorriso triste. Ainda temos a sexta, caracterizada pela queda do platisma, músculo do pescoço, alterando assim a linha da mandíbula também conhecida como linha da juventude. A sétima queda percebida ocorre pela queda da ponta do nariz, afetando a chamada barra central da beleza”, complementa. 

Uma dúvida muito comum quando se fala sobre procedimentos estéticos é quando se pode começar, em relação a essa questão, Márcio Moutinho acredita que é melhor prevenir do que remediar. “É a partir dos 25 anos que começamos a ter uma perda gradual na produção de colágeno, que é a proteína que dá sustentação da pele. Assim, algumas alterações, principalmente na pele do rosto, já podem ser vistas, como a perda da elasticidade, viço, olheiras, linhas finas e resistência. Aos 30 anos as rugas já começam a se formar mais evidentes devido essa perda natural do colágeno. Antes que os sinais de envelhecimento apareçam, o ideal é apostar em procedimentos capazes de potencializar a síntese de colágeno da pele, a fim de mantê-la jovem e bela por mais tempo”, explica. Outra questão importante dentro deste ramo é a sua constante atualização, com o surgimento de novos procedimentos e tecnologias. Assim, o profissional explica sobre o Ultraformer III, uma ferramenta inovadora que proporciona resultados excelentes, sem a necessidade do uso de agulhas. “Este é um aparelho revolucionário de estímulo de colágeno mundialmente reconhecido. Além de aumentar a espessura dérmica, diminui a flacidez e elasticidade, conseguimos realizar lift levantando a pele na região de face e pescoço”, conta.

Em novembro do ano anterior, Márcio Moutinho  iniciou uma residência em Harmonização Facial na Universidade Harvard Medical School, e não podíamos deixar de perguntar como isso afetou a forma como ele trabalha. “No âmbito da técnica, mudou a minha forma de olhar e cuidar de uma olheira, a importância das têmporas e o entendimento das quedas da face mudou. Sem sombra de dúvidas estamos no caminho certo: preencher menos e bioestimular mais. A nossa anatomia é riquíssima, belíssima. Observar isso com a estrutura que vi foi enriquecedor”, finaliza.

Márcio Moutinho. Foto: Divulgação.
Márcio Moutinho. Foto: Divulgação.