Dona de uma voz marcante, figura importante e expressiva no cenário artístico brasileiro, representante intrínseca da musicalidade negra no Carnaval de Salvador, Margareth Menezes, como todos os artistas, precisou se reinventar na pandemia, quando a impossibilidade de estar nos palcos fisicamente assolou a todos os músicos. Mas a ideia deste bate-papo exclusivo com a cantora – que tem mais de 30 anos de carreira e várias indicações ao Grammy Awards – é falar de coisas boas e novas, começando com sua participação no Show dos Famosos, quadro que estreia hoje (05), no Domingão do Huck, na Globo, com a ideia de homenagear outros grandes talentos da música.

“Fui convidada desde 2019, mas veio a pandemia e o quadro foi suspenso. Depois veio a saída do Faustão e eu pensei que não iria mais acontecer. Fiquei muito feliz por ter sido mantida na seleção do Show dos Famosos agora dentro do Domingão com Huck. Luciano é um dos maiores e mais carismáticos apresentadores do Brasil. O quadro também é um grande desafio e exige desprendimento e muita dedicação para fazermos as homenagens da melhor forma possível. Não podemos comentar os homenageados, mas vem muita surpresa boa por aí e o elenco é de primeira. Conto com o apoio e a torcida do povo baiano, nordestino e dos meus fãs de todo Brasil. Vai ser massa!”, diz ela.

Falamos sobre o Carnaval 2022, assunto inevitável, é claro, e Margareth discorre: “Acho realmente difícil que o Carnaval de rua aconteça como era antes e falo isso muito sentida porque todos queremos e amamos cantar na rua, para o nosso povo. Salvador faz um dos maiores e mais incríveis carnavais do planeta, toda mistura e toda logística, nossa cidade dá um show! A diversidade de músicas e principalmente a criatividade e a alegria do nosso povo são inigualáveis. Porém, quando se trata de saúde e de vidas humanas temos que repensar. Acho que propostas alternativas são possíveis sim! Penso que serão mais seguras, mas estamos vivendo uma situação que na verdade ninguém sabe ao certo como será. Daqui pra lá podem acontecer muitas coisas, inclusive a descoberta para a cura da Covid-19. Vamos torcer pra dar certo!”, conta. Por fim, ela fala sobre as alternativas achadas neste momento delicado: “A live não é a mesma coisa que o show, sob nenhum aspecto. A presença e o carinho do público fazem toda diferença. Graças a Deus, eu me segurei e a minha família também, mas a grande maioria dos profissionais das artes e do entretenimento passaram e continuam passando por dificuldades. Queremos e precisamos trabalhar!”, finaliza a artista.