Nesta terça-feira (08), Marcelo Tas recebe no programa #Provoca, da TV Cultura, o historiador baiano Paulo Cesar de Araújo, que relançou, em 2021, “Roberto Carlos Outra Vez – Volume 1”. No televisivo, ele vai falar sobre censura, a ação cível e criminal que sofreu, música brega, MPB, que Roberto Carlos vê o mundo pela TV.
Tas começa a edição lembrando da censura e perseguição que Paulo Cesar de Araújo sofreu, em 2007, logo após lançar a biografia do Rei. “Roberto Carlos não é apenas um cantor. Ele é uma instituição nacional. Ele não pediu só a proibição do livro. Ele pediu 500 mil por dia e a minha prisão por um tempo superior a dois anos. Ele tem uma visão patrimonialista da história. Acredita que assim como ele tem um automóvel, um imóvel, ele tem a história dele”, diz Araújo no programa.
Paulo César também comenta que Roberto Carlos provavelmente nunca leu uma biografia de ninguém. “O Roberto Carlos é um homem que assiste televisão. Ele vê o mundo pela televisão. Ele assiste novela, Fantástico, Jornal Nacional”, afirma o historiador.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal liberou a publicação de biografias sem necessidade de autorização dos biografados ou dos herdeiros. Tas questiona se existiu alguma mágoa ao reescrever o livro. “Eu sou um pesquisador, historiador. Um profissional da memória. Roberto Carlos é meu objeto de estudo. Não tenho mágoa, raiva desse objeto de estudo. Isso para mim é a coisa mais definida e definidora. Então se ele brigou comigo, ficou com raiva de mim, isso é problema dele”, diz ele.