Ricardo Alban, da CNI
Ricardo Alban, da CNI. Foto: Divulgação.

O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou, esta semana, que o Brasil tem que aproveitar a “janela de oportunidades” criada pela agenda verde para voltar ao mercado internacional por meio da indústria de manufaturas, com produtos verdes de descarbonizados. A declaração foi dada a jornalistas na 15ª cúpula dos Brics, em Joanesburgo, na África do Sul – o primeiro encontro presencial do grupo desde o início da pandemia de Covid-19. Para Alban, é importante que, no momento em que o mundo discute as cadeias globais de valor e os novos padrões de comércio internacional, o Brasil assuma a responsabilidade diante dessa agenda.

“Todos falam da necessidade de uma nova indústria no Brasil, a chamada neoindustrialização. Se neste momento estamos todos tão conscientes da necessidade da neoindústria, temos a responsabilidade e a obrigação de aproveitar essas oportunidades, traçar e priorizar políticas públicas convergentes para que tenhamos foco e garantir as verdadeiras entregas”, disse. Dentro dessa entrega, o Brasil se apresenta como potencial protagonista nos esforços globais rumo a uma economia de baixo carbono, ainda que diante de obstáculos como o desmatamento ilegal. O país larga na frente por ter uma matriz energética sustentável e mais da metade de seu território coberto por florestas. Segundo o presidente eleito da CNI, o Brasil já desenvolve iniciativas inovadoras rumo à economia verde e tem capacidade de ser celeiro de outras.

“O Brasil, também junto com a Índia, tem uma grande oportunidade de produção dos combustíveis SAFs para que a gente possa abastecer essa demanda”. De acordo com Alban, que liderou a delegação de empresários brasileiros, a possibilidade de uma moeda comum é “polêmica”. Ele afirmou, contudo, que o tema será discutido pelas nações do bloco para que um tipo de pagamento único seja “construído” nas relações de comércio exterior. “Acredito que, dentro desse retiro que vai ser feito pelos governantes desses cinco países, vamos pensar em como construir um meio de pagamento único”, finalizou.

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