Em tempos de pandemia vieram grandes desafios para diversas empresas, de diversos segmentos. E o que deveria mostrar uma retração, se tornou um momento de oportunidade. Ao menos foi isso que aconteceu com a BP Investimentos, afiliada da XP Investimentos, a maior do Norte-Nordeste, que bateu o marco, neste mês, de R$ 3 bilhões sob assessoria. Nesta entrevista, Ricardo Ribeiro, CEO da empresa, discorre sobre os desafios do trabalho, os números que surpreendem e as peculiaridades da atuação no país.
“São 11 anos de empresa. Neste tempo, traçamos metas, as atingimos, e sempre buscamos fazer um trabalho diário, de presença constante com o cliente, esse é o nosso DNA. Com isso, nossa equipe criou confiança, credibilidade e mostrou que nossos valores representam uma visão de longo prazo. Trabalha conosco um mix de pessoas jovens e experientes, o que facilita a percepção do cliente, nosso alinhamento com ele. O nosso chefe é o nosso cliente”, diz Ricardo, ao analisar a atuação da BP desde sua fundação. “Nosso trabalho acontece com base em indicação. Nossa meta, então, é de captação. Por isso, buscamos oferecer o melhor. E claro, de forma transparente. São muitos os relatos que ouvimos sobre a falta disso em outros lugares. Então, essa marca de R$ 3 bilhões é justamente a consequência deste trabalho. E nosso sentimento é de que estamos apenas começando”, pontua.
“Em março de 2020, com o caos no mercado financeiro, por conta da pandemia, tivemos o mês que mais captamos dinheiro, tínhamos batido nosso recorde, e ninguém entendia isso. Crescemos 78% no último ano, isso se deve a proximidade com clientes, principalmente nesses momentos mais conturbados, estivemos ali 24h horas por dia, 07 dias por semana, apreensivos, claro, mas próximos”, relembra Ribeiro. “Passamos por muitas crises desde que a BP Investimentos nasceu e já e aprendemos que neste momento crescemos. O banco geralmente se afasta, finge que nada está acontecendo. Aqui fazemos o inverso. Nossa visão é jovem, eu e o André Luzbel, principais sócios da empresa, temos 33 anos de idade. Isso inclusive nos aproxima de assessores qualificados, pessoas que tinham experiências anteriores mas não conseguiam dar o seu melhor, pelas limitações impostas”, analisa.
“Quanto ao perfil do nosso investidor, atendemos todos os segmentos, desde a BP Digital, que são aqueles que estão começando a investir, até o Private, que tem um patrimônio maior. Vivemos um momento de acessibilidade de informação sobre investimentos, e isso se deu pelos juros baixo, selic mais baixa, o que obrigou o investidor a buscar alternativas. O amadurecimento do mercado que acontece no Brasil hoje já ocorreu na Europa e nos EUA”, finaliza ele.