Dr. Roberto Badaró. Foto: Elói Correa /GOVBA

O médico infectologista e pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia em Saúde do Senai/ Cimatec, Roberto Badaró, recebeu o Anota Bahia em sua casa, nesta semana, em um dos raros intervalos que ele tem conseguido para respirar. Reconhecido internacionalmente, Dr. Roberto tem insistido na observação atenciosa de outras realidades para adequar, com as medidas certas, a rotina do país e da Bahia: “A gente precisa aprender com o erro de outros países e com a experiência alheia, que nos ensina. A grande característica dessa pandemia é a velocidade de contágio. É extremamente rápido. Esse detalhe é fundamental para que possamos nos proteger adequadamente. Todas as cidades, mesmo as que ainda não registram casos, devem adotar medidas preventivas: evitar contato, cortar a frequência a locais públicos; são medidas necessárias de contingência.”.

Ainda que a palavra soe polissêmica, o infectologista ressalta que o caráter das políticas emergenciais de saúde pública devem ser imperativas, dado as perspectivas de insuficiência do sistema médico. Dr. Roberto Badaró exemplificou com as medidas adequadas ao transporte: “Um plano de contingência é fundamental: determinações impositivas, como a reconfiguração do transporte urbano, reduzindo a capacidade de transporte de cada modal para um terço de sua capacidade, é essencial. É urgente afastar as pessoas. Além de uma manutenção intensiva da esterilização de ônibus e metrô. Aglomerações são extremamente desfavoráveis para a transmissão”.

O infectologista também chamou atenção para a necessidade da campanha de vacinação que se aproxima: “A vacina é uma forma de proteção ativa. Os idosos, principalmente devem se vacinar contra a pneumonia e contra a H1N1 – e esta é a mais importante. Porque você já elimina, caso os sintomas da gripe apareçam, a lentidão no diagnóstico, e acelera a identificação de um possível contágio por coronavírus”.