Aninha Marques. Foto: Uran Rodrigues.

Quando os filhos, Rafael e Pipo, decidiram oficialmente que iriam enveredar pelo caminho artístico, foi justamente em um aniversário de Aninha Marques que eles pisaram no palco pela primeira vez. Para a estreia, em 2010, ela pegou seu telefone, chamou todos os amigos, fechou o salão de eventos do histórico Edifício Oceania, cuidou dos mínimos detalhes, recebeu todos os convidados e disse: “A festa é para eles e para vocês”. Quem a conhece sabe que não poderia ser diferente.

Como ela sabia que o começo não seria fácil – nenhum nunca é, ela não parou por aí e seguiu acompanhando a agenda dos filhos por diversos lugares: desde as micaretas que aconteciam nas cidades mais longínquas, em cima de trios elétricos nada majestosos, onde, vez ou outra, tinha que se abaixar por conta das fiações elétricas, até no esplendor do Carnaval de Salvador. Se Bell Marques, já entoava os versos dizendo: “amada minha mulher, famosa por ser companheira”, com Rafa e Pipo não foi diferente: ela nunca deixou de estar ao lado deles.

Certa vez, acabou se acidentando em uma viagem de férias, o que a deixou impossibilitada de andar com plenitude por um tempo. Mas se vocês acham que Aninha ficou em casa, enquanto a família fazia a alegria dos fãs por diversas cidades, errou. Lá estava ela, da forma que dava e que podia, limitada, mas nunca ausente. Discreta, contida, muito sofisticada e avessa às aparições fúteis, o seu sorriso mais bonito, as suas gargalhadas mais verdadeiras, são justamente avistadas de longe, por causa da maternidade.