Administradora, política (porque não?), resolutiva, combativa e de alma nômade – ela chegou a morar no Amapá por conta de anseios profissionais – foi quando se tornou mãe de dois, João e Clarice, que Roberta Roma viu, e fez, a vida mudar. Ela não abre mão de estar perto sempre, de levá-los nas viagens e de acompanhar de perto a educação e a liberdade conquistada por cada um. Com perfis totalmente distintos, as crianças, frutos do casamento com João Roma, são a ponta da sua rotina.
Ela diz abertamente, em qualquer roda de conversa, que quando a mulher se torna mãe, renasce para a vida. Que há uma ressignificação de emoções e sentimentos e, que de uma forma muito natural e instintiva, há uma redescoberta. Mas sem ilusões: a intenção não é romantizar a maternidade, até porque ela sabe muito bem que educar alguém e prepará-lo para a vida é uma missão desafiadora. E os medos de falhar? Também assume que são muitos. E aí que ela abre a cortina com os pés no chão e enxerga que em um mundo com tanta maldade, ser mãe a fez, e a faz, estar forte, atenta, sensível, disposta e sempre pronta para ser colo, abrigo e escudo contra tudo lá fora. Pode parecer dúbio, mas a forma que Roberta tem é aquela que mescla proteção com noção de livre arbítrio.
Ela é a mãe que não deixa de estar presente, mas também não amarra os filhos em seus braços, prefere que eles trilhem caminhos e descubram o que é a caminhada de acordo com o que vislumbram. Assim, ela dissolve as tempestades, aponta diversidades, divide o peso das lágrimas e ensina a florescer as cicatrizes. Ela não quer que seus filhos poupem dores pelo caminho, mas que saibam que suas palavras e sentimentos nunca serão em vão.