Mergulhadores flagraram a presença de um peixe-leão pelas águas da Baía de Todos-os-Santos, em Salvador. Originário do Indo-Pacífico, o peixe é uma espécie invasora, venenosa, de rápida reprodução e sem predadores naturais, sendo assim, uma ameaça ao ecossistema local. A espécie se alimenta de vários peixes nativos, o que pode prejudicar a cadeia alimentar. O instrutor de mergulho, Robson Oliveira, avistou o animal na praia do Porto da Barra e encaminhou para pesquisadores da UFBA. Vale ressaltar, que o mergulhador tem curso de manuseio de espécies marinhas e colocou o peixe em local adequado.
Quem também avistou o animal foi o nutricionista e empresário Daniel Cady, que aproveitou para registrar e alertar os seguidores. O flagra aconteceu enquanto ele mergulhava na região da Gamboa de Baixo. “Esse peixe não é nativo daqui e pode causar sérios danos ao nosso ecossistema. Além disso, ele tem espinhos venenosos que podem machucar de verdade. Fiquem atentos e, se avistarem um, avisem aos órgãos ambientais. Vamos cuidar da nossa Baía”, escreveu Cady.
No mês passado, mergulhadores do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) capturaram, em Fernando de Noronha, um peixe-leão de 49 centímetros, podendo ser o maior já registrado no mundo. A espécie vem se espalhando rapidamente pelo litoral brasileiro, aumentando ainda mais o alerta de desequilíbrio ambiental. Em fevereiro, uma operação de monitoramento do animal, na região de Morro de São Paulo, fez o primeiro registro do animal na costa baiana.
O veterinário do Cetas/Inema, Marcos Leônidas, alerta para os riscos à saúde humana caso haja contato com os espinhos venenosos do peixe, tendo em vista que a toxina do peixe-leão pode causar sérios danos, incluindo necrose, náuseas e convulsões. “Caso tenha contato com um exemplar do animal, sem equipamentos adequados, como redes especiais e luvas reforçadas, a recomendação é que uma unidade de saúde seja procurada, o mais rápido possível para evitar problemas mais graves”, afirmou ao Anota Bahia.
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