
Nesta sexta-feira (23) e sábado (24), o espetáculo “Na Beira”, da Companhia Moderno de Dança, traz a belezas e os encantos dos rios amazônicos para o Teatro Gregório de Mattos, em Salvador. A peça faz uma conexão entre a Encantaria-corpo, unindo a prática artística da dança imanente da artista-pesquisadora, Ana Flávia Mendes, à noção de encantarias dos rios – espaço místico, poético, onde habitam os seres encantados – do poeta, João de Jesus Paes Loureiro. Em cena, os intérpretes-criadores apresentam as encantarias e encantados desvelados nos mergulhos particulares e coletivos resultantes de experiências de imersões propostas e experimentadas por cada um, cada uma.
A cultura expressiva da capital baiana fez com que a companhia incluísse a cidade na lista das apresentações. “A gente escolheu Salvador porque é um lugar onde a cultura é pulsante, mais do que em muitas outras. Queremos entender como esse movimento de encantarias vai chegar em pessoas que estão mais perto do mar do que do rio. São águas diferentes, cidades diferentes. Estamos muito empolgados para conhecer esse público”, conta a artista visual e produtora, Danielle Cascaes.
Criado em Belém, em 2019, o espetáculo é fruto da pesquisa acadêmica de doutorado em artes realizada pela diretora artística e bailarina, Luiza Monteiro, junto ao Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará, com doutorado sanduíche na Université Du Québec à Montréal (UQAM), no Canadá. “Um dos nossos objetivos é descentralizar, sair da região sudeste, sobretudo do eixo Rio-São Paulo, para incentivar a circulação artística nas demais regiões”, conta Luiza.

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