Espetáculo “O Sapato do Meu Tio”. Foto: Diney Araujo

Após duas décadas de sua estreia, o espetáculo “O Sapato do Meu Tio” retorna aos palcos em uma nova remontagem, oferecendo ao público uma experiência sensível e comovente sobre o tempo, a memória e os laços que nos conectam. A peça, que teve seu início em Salvador, volta para a cidade com uma nova temporada com sessões de 01 a 18 de maio, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Com texto de Alexandre Luís Casali e Lúcio Tranchesi, a montagem protagonizada por Alan Miranda e João Lima explora os rituais de passagem através da relação entre um palhaço experiente e seu sobrinho aprendiz, trazendo reflexões sobre os ciclos da vida e o ofício do artista como metáfora da existência. O nome da peça é também uma referência direta ao universo da palhaçaria, remetendo a elementos simbólicos tradicionalmente passados de geração em geração, como técnicas o nariz vermelho e o sapato grande.

A ideia da nova montagem do espetáculo nasceu das conversas entre Alexandre Luis Casali e Alan Miranda, que propôs a remontagem a Lucio Tranchesi, que, nesta nova versão, assume a direção da obra e convida o diretor original, João Lima, para integrar o elenco. A partir desse encontro de gerações e trajetórias, o projeto passou a ocupar o cotidiano do grupo, que tem se dedicado intensamente à recriação do espetáculo. A nova montagem conta com Agamenon de Abreu na cenografia e adereços, Rino Carvalho no figurino, Fábio Espírito Santo na iluminação e Jarbas Bittencourt na direção musical. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do TCA e na plataforma Sympla.

“Alcançar o mesmo patamar da primeira montagem, manter a qualidade mesmo com pequenas modificações e, ao mesmo tempo, tentar não deixar o conhecimento prévio interferir na atuação. Rola, claro, aquele medo de comparações com a montagem original. Mas tivemos a sorte de sermos conduzidos por um dos atores da primeira versão, que nos guiou com sensibilidade, segurança e domínio do caminho que queria trilhar”, conta João Lima.

“Nos últimos meses, precisei aprender malabares, perna de pau, acrobacias, andar de patins e lidar com um tipo de atuação essencialmente não verbal. Em 26 anos de carreira, sempre utilizei a palavra como base da cena. A poesia vista em cena exigiu de mim aprendizagens de novos saberes para contar uma história que abriga muitas outras. É uma responsabilidade muito grande, porque vamos provocar riso, choro, saudade e muitas outras emoções, a depender de quem assista”, fala Alan Miranda, sobre o processo da obra.

Espetáculo “O Sapato do Meu Tio”. Foto: Diney Araujo

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