Nesta semana, o Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, divulgou dados preocupantes, segundo especialistas: com apenas 17% de alcance, o país registrou a menor taxa de cobertura mamográfica para mulheres entre 50 e 69 anos, no ano passado. Em 2019, o percentual ficou em 23%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 70% da população feminina faça o exame anualmente a partir dos 40 anos.
Os dados são oriundos de um estudo idealizado pelo Instituto Avon – organização da sociedade civil sem fins lucrativos que defende os direitos fundamentais das mulheres – e pelo Observatório de Oncologia, que analisou dados de rastreamento mamográfico, avaliando a taxa que mede a capacidade do SUS de atender a população alvo de exames de rastreamento de câncer de mama.
Além disso, também foram considerados índices de diagnóstico e de acesso aos tratamentos no Brasil, com base no Datasus, o sistema de informática do SUS. O estudo tem como intuito contribuir para a elaboração de políticas públicas de saúde que permitam a descoberta precoce, o acesso rápido às terapêuticas e a tomada de decisões baseadas em evidências.
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