Em entrevista à Vogue Brasil, Ivete Sangalo compartilhou algumas cenas de sua intimidade afetiva. Em um dos momentos mais divertidos da conversa, a cantora rememorou um dos sonhos de infância: “Como eu sempre fui cantora, por influência de casa, essa profissão não estava em pauta. Eu queria ser dentista! Porque eu achava o consultório da minha dentista incrível, achava ela chiquérrima; e como eu também sou chiquérrima…”.
Há, na entrevista, um momento de grande emoção para quem admira e acompanha Ivete; ela comenta a construção de si enquanto uma nova mãe a partir do nascimento das gêmeas: “Quando nasceram as duas meninas, eu queria ter com elas o mesmo processo de exclusividade que eu tive com o filho único. E não é possível, porque elas são duas. Eu tinha sempre que entregar uma para dar de mamar para a outra, e isso me fez sofrer muito”.
A cantora, no entanto, compartilha parte do autoconhecimento alcançado do processo: “Eu passei um mês me dando o direito de chorar diariamente, uma hora por dia. Porque eu sabia que podia. Aquilo era um direito meu, enquanto mulher. Nem todas as mulheres têm essa consciência ou essa percepção, mas eu, graças a Deus, entendi e disse: ‘eu tenho esse direito’.”
Ivete Sangalo, que celebrou o fato de ser a capa da edição de número 500 da Vogue Brasil, lançada neste mês, também disse o que teria como prioridade se não fosse Ivete Sangalo: “Se eu fosse anônima, passearia na rua com os meus filhos. Quando eu ainda não era mãe, ser anônima, para mim, não tinha a menor utilidade”.