Após se envolver em polêmicas recentes, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, respondeu, com exclusividade ao Anota Bahia, sobre as situações que envolvem o seu nome. No último dia 9 de agosto, em entrevista ao programa ‘Sem Censura’ da TV Brasil, o ministro defendeu o protagonismo dos institutos capazes de formar técnicos em detrimento das universidades, e um remapeamento do inclusivismo no ensino, com maior preparo da equipe docente, pois “a criança com deficiência atrapalha o aprendizado dos outros, porque a professora não tem equipe e nem conhecimento para essa atenção especial”.
No entanto, por conta de suas falas, a repercussão na mídia e na política não foi branda. O senador Romário (PL-RJ) rebateu o ministro em uma de suas redes sociais. “Somente uma pessoa privada de inteligência, aqueles que chamamos de imbecil, podem soltar uma frase como essa. Existem aos montes, mas não esperamos que estes ocupem o lugar de ministro da Educação de um país”, escreveu Romário.
Procurado pelo site, Milton Ribeiro respondeu ao senador. “Durante a entrevista, quando me perguntaram sobre a educação especial, eu fiz referência à interrupção do ritmo do aprendizado de outras crianças quando, sem preparo e sem qualquer apoio, coloca-se uma criança com deficiência em meio a outras sem deficiência. Ambas se atrapalham. Fiz referência e ainda disse: usarei entre aspas a palavra atrapalha com todo cuidado. Está gravado e filmado. Jamais iria usar a palavra no contexto que o sr. Romário usou. Basta ver a filmagem”, disse.
Por fim, Milton Ribeiro contestou o modelo atual do inclusivismo acadêmico. “Inclusivismo é a prática de colocar uma criança com deficiência em meio a outras sem deficiência sem dar a ela o cuidado e a atenção que ela precisa e merece? Posso ter muitos defeitos, mas essa insensibilidade eu não tenho. Meu ministério está bancando a questão da inclusão correta da criança com deficiência”, finalizou.
