Aberta desde fevereiro, a exposição “Caatinga Fractal e o Encontro da Terra Seca, Água Doce e Água Salgada”, do premiado artista pernambucano Aislan Pankararu, será estendida por mais uma semana e seguirá até 23 de março na Casa Rosa, em Salvador. Com curadoria de Brás Moreau Antunes, a mostra também inclui obras de Alberto Pitta e Carlinhos Brown. O projeto promove um diálogo de visualidades vibrantes e forças ancestrais, contando com recurso de audiodescrição e ocupando um espaço com acessibilidade arquitetônica.
“As obras da exposição foram criadas em 2024, numa linha de trabalho que durante um tempo me privei de fazer: o trabalho com cores. No retorno ao Nordeste, em contato com Salvador e a Baía de Todos os Santos, voltei a me sentir confortável com o colorido intenso, que expressa tudo que essa região representa para mim. Então existe um conforto, uma celebração desse lugar, da minha origem, do bioma que é cenário de minha vida: a caatinga, que está em meu DNA”, conta Pankararu.
Pela galeria da Casa Rosa, o visitante pode conferir: “A Redescoberta”, pintura sobre tecido de 6,10 por 3,80 metros, que foi exposta no Paço Imperial do Rio de Janeiro; e trabalhos visuais de Alberto Pitta e Carlinhos Brown, que apresentam uma conexão estética pelo uso de cores e da fluidez entre o figurativo e o abstrato. Além disso, também estão expostas 10 obras inéditas, produzidas na Bahia, que enchem de vitalidade uma rota em espiral, com títulos como “Força da caatinga”, “Inflamação sertaneja”, “Cura pela água salgada”, “O poder do semiárido” e “Voltei, Nordeste, meu amor”.
No dia 18 de março, como parte de uma programação especial, vai acontecer a exibição do filme “Rama Pankararu”, que aborda a comunidade indígena Pankararu. O longa-metragem, dirigido por Pedro Sodré, narra a história de uma jornalista que sai do Rio de Janeiro para cobrir um incêndio criminoso em uma escola da localidade, após as eleições de 2018.
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