No dia 17 de maio, será celebrado o Dia Internacional da Luta Contra a LGBTfobia, data que, em 1990, a OMS excluiu a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. Na capital baiana, o dia será marcado pela abertura da exposição “Até Quando”, do fotógrafo baiano Genilson Coutinho, que será realizada no Museu de Arte da Bahia, às 18h, no Corredor da Vitória.
A pergunta no título da mostra representa o questionamento de milhares de LGBTQIA+ a cada notícia sobre os diversos casos de violência contra a comunidade. A cada 23h, uma pessoa LGBTQIA+ é assassinada, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB). E na maioria, os casos são esquecidos nas gavetas dos tribunais ou classificados como crimes comuns.
O objetivo do ensaio é despertar na sociedade um posicionamento diante destas tristes histórias. Cada imagem traz a história de uma vida perdida para LGBTfobia, desde o primeiro caso documentado no país, em 1614, com a execução do indígena Tibira, do Maranhão. A curadoria da exposição é de Leandro Colling, professor da UFBA e integrante do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCuS).
“A cada morte de um LGBTQIA+ as cores do arco-íris escorrem nas ruas, nos sacos de lixo, nos carros de mão. E é essa força das cores que utilizo para denunciar o sangue derramado por essa comunidade. A escolha das 13 fotografias é também um alerta para o Brasil que há 13 anos se mantém na lista de país que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo”, salienta Coutinho.
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