Nise Yamaguchi. Foto: Reprodução

Após o depoimento da doutora Nise Yamaguchi à CPI da Covid, algumas figuras públicas se posicionaram em defesa do direito da fala, que por vezes foi negado à depoente, ou interrompido durante a sessão. Natuza Nery, jornalista de política do grupo Globo, comentou em uma de suas redes sociais a respeito das interrupções dos senadores: “Rebater a depoente é muito importante. Em qualquer depoimento, aliás. Mas ela precisa poder falar” enfatizou.

A atriz Juliana Paes também se manifestou em suas redes em defesa do direito da fala: “Show de horror e boçalidades na CPI da Covid. Certa ou errada… não importa! Intimidação, coação, fala interrompida… mulher merece respeito em qualquer ambiente”, pontuou a atriz. Durante a sessão de hoje da CPI, a qual se ouve a doutora Luana Araújo, que assumiria um cargo na secretaria especial do combate à pandemia, no Ministério da Saúde, o senador Otto Alencar, responsável por um dos momentos mais marcantes na oitiva de ontem, explicou a sua fala.

“Eu quis mostrar que nunca deu certo se levar uma medicação, mesmo velha, antiga, que é o caso da hidroxicloroquina e outras medicações, serem usadas para uma doença nova, desconhecida. Não foi para atingi-la. Tratei o tempo todo a doutora Nise Yamaguchi como senhora, vossa senhoria. Claro que cada pessoa tem uma maneira de se dirigir. Se a minha veemência aconteceu, aconteceu porque não suportava mais ver tantas coisas negadas que foram afirmadas no passado” disse o senador.