Salvador recebe, neste domingo (30), a primeira edição do Fancy África Brasil, plataforma internacional dedicada à moda afrocentrada, que estreia em formato de pocket desfile às 15h, no espaço Preta na Moda, que integra o Festival Feira Preta. A ação reúne criadores, marcas e público para apresentar produções contemporâneas do continente africano e de sua diáspora, fortalecendo intercâmbios culturais e ampliando a visibilidade da moda negra.
Idealizado pelo diretor criativo moçambicano King Levi, o Fancy África chega ao Brasil com a proposta de conectar Salvador a iniciativas autorais de diferentes países africanos. O desfile reúne marcas que exploram referências tradicionais e contemporâneas, promovendo circulação de novas narrativas visuais e ampliando espaços de divulgação para estilistas da diáspora.
Na passarela, integram a programação nomes como Camila Kutsura, Abi Creations, Bravaas, Ilda Versátil, Puntz Wear, T’sava By Ancha, além dos trabalhos de Rey Vilas Boas e Tia Ró Fuxiqueira. O conjunto de coleções destaca repertórios que transitam entre identidade, técnicas artesanais e inovação.
Com entrada integrada ao Festival Feira Preta, o Fancy África Brasil busca estabelecer conexões entre públicos, criadores e mercados, apresentando expressões estéticas que representam parte da produção contemporânea da moda africana. Para o fundador e diretor criativo King Levi, a iniciativa é também uma oportunidade de reposicionar a imagem da moda africana no imaginário brasileiro.
“Sabemos que a Bahia vive uma moda afrocentrada, mas é uma moda que negros baianos idealizaram de África. A minha intenção é mostrar de fato o que é a moda africana. Existe uma visão distorcida do continente, muitas vezes associada apenas à miséria. O Fancy África nasce para romper com esse estereótipo. Queremos revelar uma África de realeza, de luxo, de criatividade”, afirma.
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